Albert Einstein nasceu em Ulm em 14 de março de 1879. Radicou-se nos Estados Unidos. Ganhou o Prêmio Nobel da física no ano de 1921 pela sua correta explicação no chamado efeito fotoelétrico, no entanto, o prêmio só foi anunciado em 1922. Einstein receberia a quantia de 120000 coroas suecas. O seu trabalho teórico possibilitou o desenvolvimento da energia atômica, apesar do próprio Einstein não ter previsto tal possibilidade.
Devido a formulação da teoria da relatividade Einstein tornou-se famoso mundialmente, algo pouco comum para um cientista. Nos seus últimos anos, a sua fama excedeu a de qualquer outro cientista na cultura popular. Einstein tornou-se sinônimo de gênio. Foi por exemplo eleito pela revista Time como a Pessoa do Século e a sua face é uma das mais conhecidas em todo o mundo.
Em 2005 celebrou-se o Ano Internacional da física em comemoração aos 100 anos da publicação dos quatro mais importantes artigos científicos da física do século XX. Em sua honra, foi atribuído o seu nome a uma unidade usada na fotoquímica, o einstein, bem como a um elemento químico, o Einstênio.
Einstein nasceu na região alemã de Wurttemberg, na cidade de Ulm, numa família judaica não praticante. Em 1852, o avô materno de Einstein, Julius Koch,estabelece-se como comerciante de cereais em Bad Cannstatt, nos arredores de Estugard. O negócio prospera. Os pais de Einstein, Hermann Eisntein e Pauline Koch, casam-se em 1876.
Hermann, que era comerciante e engenheiro, muda-se de Bad Suchau para a cidade de Ulm, onde passou a viver com a esposa. É em Ulm que em 1879 nasce Einstein.
Em 21 de junho de 1880 ( o pequeno Albert tem um ano de idade), a família Einstein muda-se para Munique. Em 1885, Hermann Einstein funda uma empresa de material elétrico com o irmão Jacob. A empresa chamou-se J. Einstein & Cia. Os dois irmãos estão convencidos de que este setor em pleno crescimento oferece melhor rentabilidade do que o tradicional negócio de penas de colchão. Na década de 1880, a cidade de Munique, em processo de industrialização desenvolveu-se muito, crescendo a população a um ritmo de dezessete mil novos habitantes por ano. O material elétrico, uma tecnologia relativamente recente tem alta conjuntura nestes anos, A empresa do pai de Einstein, chegou a ter entre 150 a 200 trabalhadores nos seus melhores dias. Dois dos contratos que a empresa obteve forma a eletrização da cidade de Schwabing (hoje um bairro de Munique) e de Theresienwiese onde se realiza a famosa Oktoberfest de Munique.
Em 18 de novembro de 1881, nasce Maria Einstein (Maja), Einstein teria sempre uma relação muito íntima com a irmã. Einstein e Maja recebem uma educação não religiosa . Com três anos de idade Einstein ainda tinha dificuldades com a fala. A juventude de Einstein é solidaria. As outras crianças chamam-lhe "Bruder Langweil" (irmão tédio) e Biedermann" (mesquinho). Aos cinco anos de idade, recebe um professor privado. Aos seis anos de idade, tem aulas de violino, a principio não lhe agradam e acaba por desistir. Mas ao longo da sua vida tocar violino, e em particular as sonatas de Mozart, torna-se uma das sua atividades preferidas.
Em 1 de outubro de 1885, Einstein começa a frequentar uma escola primária católica em Munique. Os pais de einstein, por não serem judeus praticantes, não se importaram que o filho frequentasse inclusive a catequese, que agradou bastante a Einstein. Curiosamente Einstein desenvolve sozinho uma fervente fé judaica e passa a cumprir os rituais judeus incluindo a Sabath e a comida caster.
Mais tarde frequentou a Luitpold Gymnasium ( equivalente à escola secundária) em Munique até aos quinze anos.
Aos 10 anos Albert conhece Max talmud, um jovem estudante de medicina que costuma jantar com a família Einstein, Max foi uma influencia importantíssima na vida de Albert porque o introduziu, apesar da sua tenra idade, à leitura de importantes obras científicas. Em consequência dos seus estudos sobre ciência , Einstein abandona completamente a fé judaica aos 12 anos.
Entretanto, os negócios do pai começam a correr pior do que se esperava. Há uma grande concentração da industria do setor elétrico. Hermann Einstein vê se obrigado a abandonar o controle da sia empresa de Munique. A firma é compradaem 1894 pela AEG (Ailgemeine Elektrizitatsgesenschaft). Poucos anso depois, em 1919, existiriam apenas duas grandes empresas no setor: Siemens & Haiske e a AEG.
Em 1894 Hermann Einstein muda-se com a família para Pavia, Italia. Ele tencionava abrir ali um novo negócio no setor elétrico com o dinheiro de que dispunha. Uma ideia que acabaria por leva-lo a falencia.
O jovem Albert Einstein ( tem 15 anos) permanece em Munique por mais uns meses ao cuidado de familiares, a fim de terminar o ano letivo. Junta-se depois a familia na Italia.
Em 1895, decide entrar na universidade antes de terminar o ensino secundario, com esse objetivo fez exames de admissão à ETH Zurich (Eidgenössische Technische Hochschule) Universidade Federal Suiça em Zurique, mas reprova na parte de humanidades dos exames. Foi então enviado para a cidade de Aarau no cantão suiço de Argovia para terminara escola secundária, onde em 1896, recebe o seu diploma da escola secundária.
Em 1896, Einstein ( com dezessete anos de idade), renuncia a cidadania alemã com o intuito de assim evitar o serviço militar alemão.
Pede então a naturalização Suiça. que receberia em 21 de fevereiro de 1901. Pagou os vinte frencos suiços que o seu passaporte custou ( uma quantia considerável) com as suas próprias economias.
Nunca deixaria de ser cidadão suíço.[26] Nas inúmeras viagens que faria no futuro, Einstein usaria o seu passaporte suíço.
A 6 de Janeiro de 1903 casou-se com Mileva Marić, sem a presença dos pais da noiva. Albert e Mileva tiveram três filhos: Lieserl Einstein, Hans Albert Einstein e Eduard Einstein. A primeira, presume-se que tenha morrido ainda bebé ou que tenha sido dada paraadoção, o do meio tornou-se um importante professor de Hidráulica na Universidade da Califórnia e o mais jovem, formado em Música e Literatura, morreu num hospital psiquiátrico suíço[27].
Obteve o doutorado em 1905. No mesmo ano escreveu quatro artigos fundamentais para a Física Moderna, afirmando-se por esta razão que 1905 foi o "annus mirabilis" para Einstein[28].
O primeiro artigo de 1905[29] propôs a ideia dos "quanta de luz" (os atuais fótons) e mostrou como é que poderiam ser utilizados para explicar fenômenos como o efeito fotoelétrico. A teoria dos quanta de luz de Einstein não recebeu quase nenhum apoio por parte dos físicos durante vinte anos, pois contradizia a teoria ondulatória da luz subjacente às equações de Maxwell. Mesmo depois das experiências terem demonstrado que as equações de Einstein para o efeito foto eléctrico eram exatas, a explicação proposta por ele não foi aceita. Em 1921, quando recebeu o prêmio Nobel pelo seu trabalho sobre o efeito fotoelétrico, a maior parte dos físicos ainda pensava que as equações estavam corretas, mas que a ideia de quanta de luz seria impossível.
O segundo artigo deste ano foi sobre o movimento browniano,[30] que constitui uma evidência experimental da existência dos átomos. Antes deste artigo, os átomos eram considerados um conceito útil, mas sua existência concreta era controversa. Einstein relacionou as grandezas estatísticas do movimento browniano com o comportamento dos átomos e deu aos experimentalistas um método de contagem dos átomos através de um microscópio vulgar. Wilhelm Ostwald, um dos que se opunham à ideia dos átomos, disse mais tarde a Arnold Sommerfeld que mudou de opinião devido à explicação de Einstein do movimento browniano.
O terceiro artigo de 1905,[31] sobre eletrodinâmica de corpos em movimento, introduziu arelatividade restrita. Estabeleceu uma relação entre os conceitos de tempo e distância. Algumas das ideias matemáticas já haviam sido introduzidas um ano antes pelo físico neerlandês Hendrik Lorentz, mas Einstein mostrou como era possível entender esses conceitos. O seu trabalho baseou-se em dois axiomas: um foi a ideia de Galileu de que as leis da natureza são as mesmas para todos os observadores que se movem a uma velocidade constante relativamente uns aos outros; o outro, a ideia de que a velocidade da luz é a mesma para todos os observadores. A relatividade restrita tem algumas consequências importantes, já que são rejeitados conceitos absolutos de tempo e tamanho. A teoria ficou conhecida mais tarde por "Teoria da Relatividade Restrita" para ser distinguida da teoria geral que Einstein desenvolveu mais tarde, a qual considera que todos os observadores são equivalentes.
No quarto artigo,[32] uma extensão do terceiro, Einstein introduz o conceito de massa inercial. Nele, Einstein deduziu a famosa relação entre a massa e a energia: . Embora Umberto Bartocci, tenha afirmado que a equação teria sido publicada primeiramente em 1903, pelo italiano Olinto De Pretto.[33] Já César Lattes afirmou, em entrevista, que a fórmula, na visão dele, é de autoria de Henri Poincaré.[34] Esta equação esteve na base de construção de bombas nucleares. A ideia serviu mais tarde para explicar como é que o Big Bang, uma explosão de energia, poderia ter dado origem à matéria.
Em 1914, pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial, Einstein instalou-se em Berlim onde foi nomeado diretor do Instituto Kaiser Wilhelm de Física (1917 - 1933), sendo senador da Sociedade Kaiser Wilhelm (1923 - 1933), e professor da Universidade de Berlim, tornando-se, novamente, cidadão alemão no mesmo ano.[carece de fontes]
Em novembro de 1915, Einstein apresentou perante a Academia de Ciências da Prússia uma série de conferências onde apresentou a sua teoria da relatividade geral sob o título "As equações de campo da gravitação." A conferência final culminou com a apresentação de uma equação que substituiu a lei da gravitação de Isaac Newton. Esta teoria considera que todos os observadores são equivalentes, e não só aqueles que se movem a velocidade uniforme. Na relatividade geral, a gravidade não é uma força (como na segunda lei de Newton) mas uma consequência da curvatura do espaço-tempo. A teoria serviu de base para o estudo da cosmologia e deu aos cientistas ferramentas para entenderem características do universo que só foram descobertas bem depois da morte de Einstein.[carece de fontes]
A relação de Einstein com a Física Quântica é bastante interessante. Ele foi o primeiro a afirmar que a teoria quântica era revolucionária. A sua ideia de luz quântica foi um corte com a Física clássica. Em 1909, Einstein sugeriu numa conferência que era necessário encontrar uma forma de entender em conjunto partículas e ondas. No entanto, em meados dos anos 1920, quando a teoria quântica original foi substituída pela nova mecânica quântica, Einstein discordou da interpretação de Copenhaga porque ela defendia que a realidade era aleatória ou probabilística. Einstein concordava que a Mecânica Quântica era a melhor teoria disponível, mas procurou sempre uma explicação determinista, isto é não-probabilística. [carece de fontes]
A famosa afirmação de Einstein, "A mecânica quântica está a impor-se. Mas uma voz interior diz-me que ainda não é a teoria certa. A teoria diz muito, mas não nos aproxima do segredo do Velho (the Old One). Eu estou convencido que Ele não joga aos dados.", apareceu numa carta a Max Born datada de 12 de Dezembro de 1926. Não era uma rejeição da teoria estatística. Ele tinha usado análise estatística no seu trabalho sobre movimento browniano e sobre o efeito foto eléctrico. Mas Einstein não acreditava que, na sua essência, a realidade fosse aleatória.[carece de fontes]
O seu pacifismo e a sua origem judaica tornaram-no impopular entre os nacionalistas alemães. Depois de se ter tornado mundialmente famoso (em 7 de Novembro de 1919, quando o Times de Londres anunciou o sucesso da sua teoria da gravidade) o ódio dos nacionalistas tornou-se ainda mais forte.[carece de fontes]
Em 2 de julho de 1919, ano da famosa confirmação do desvio de luz em Sobral e Príncipe, Albert Einstein divorcia-se de Mileva e casa-se com a sua prima materna em primeiro grau Elsa, que era divorciada. Em 1933, eles emigraram permanentemente para os Estados Unidos. Em 1935, Elsa Einstein foi diagnosticada com problemas cardíacos e renais e morreu em dezembro de 1936.[35]
Em 1920, durante uma de suas aulas em Berlim, há um incidente com manifestações anti-semitas, o que levou Einstein a deter-se com mais atenção aos factos que então ocorriam na Alemanha.[36].
Em 1921, Einstein acompanha uma delegação Sionista àPalestina. Ele propõe para a Palestina um estado baseado no modelo suíço, onde muçulmanos e judeus poderiam viver lado a lado em paz. Sendo um físico famoso, Einstein participa numa campanha de angariação de fundos para a Universidade Hebraica de Jerusalém. Ele apoia o plano de uma universidade onde judeus de todo o mundo possam estudar sem serem vítimas de discriminação. [carece de fontes]
Recebeu o Nobel de Física de 1921, pela explicação do efeito foto eléctrico; no entanto, o prêmio só foi anunciado em 1922. Einstein receberia a quantia de 120 000 coroas suecas. Einstein não participou da cerimonia de atribuição do prêmio pois encontrava-se no Japão nessa altura. Ao longo de sua vida, Einstein visitaria diversos países, incluindo alguns da América Latina. Entre 1925 e 1928, Einstein foi presidente da Universidade Hebraica de Jerusalém.[carece de fontes]
Em 1933, Adolf Hitler chega ao poder na Alemanha. Einstein, judeu, encontra-se agora em perigo. É avisado por amigos de que há planos para o seu assassinato e é aconselhado a fugir. Einstein renuncia mais uma vez à cidadania alemã[37].
A 26 de Maio de 1933, o físico entrou no Reino Unido vindo da Bélgica, numa fuga à Alemanha Nazi[38].
A 7 de Outubro de 1933, Einstein parte do porto de Southampton num navio para os Estados Unidos, o seu novo lar. Nunca voltaria a viver na Europa.[38]
Participou da 1ª, 2ª, 5ª e 7ª Conferência de Solvay.
Einstein fez uma viagem à América do Sul, em 1925, visitando países como Argentina,Uruguai e também o Brasil.[39] Além de fazer conferências científicas, visitou universidades e instituições de pesquisas. O navio que o trouxe ao Brasil foi o Cap. Polônio. Ficou hospedado no Hotel Glória e gostou da goiaba, servida no café da manhã. Em 21 de março passou pelo Rio de Janeiro, onde foi recebido por jornalistas,cientistas e membros da comunidade judaica. Visitou o Jardim Botânico e fez o seguinte comentário, por escrito, para o jornalista Assis Chateaubriand: "O problema que minha mente formulou foi respondido pelo luminoso céu do Brasil".[40] Tal afirmação dizia respeito a uma observação do eclipse solar registrada na cidade cearense de Sobral por uma equipe de cientistas britânicos, liderada por Sir Arthur Stanley Eddington, que buscava vestígios que pudessem comprovar a Teoria da Relatividade, até então mera especulação. Albert Einstein nunca chegou a visitar a cidade de Sobral[41][42][43].
Em 24 de abril de 1925, Einstein deixou Buenos Aires e alcançou Montevidéu. Fez ali três conferências e, tal como na Argentina, participou de várias recepções e visitou o presidente da República. Permaneceu no Uruguai por uma semana, de onde saiu no primeiro dia de maio, em direção ao Rio de Janeiro, no navio Valdívia. Desembarcou novamente no Rio de Janeiro em 4 de maio. Nos dias seguintes percorreria vários pontos turísticos da cidade, incluindo o Pão de Açúcar, oCorcovado e a Floresta da Tijuca. As anotações de seu diário ilustram bem suas percepções quanto à natureza tropical do local.[44] No dia 6 de Maio, visitou o então presidente da República, Artur Bernardes, além de alguns ministros.[40]
Seu programa turístico-científico no Brasil incluiu diversas visitas a instituições, como o Museu Nacional,[45] a Academia Brasileira de Ciências e o Instituto Oswaldo Cruz, e duas conferências: uma no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro e a outra na Escola Politécnica do Largo de São Francisco, atual Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro[43].
Através de ondas da rádio Sociedade, criada em 1923, Einstein proferiu em alemão uma mensagem à população, que foi traduzida peloquímico Mário Saraiva.[39] Nesta mensagem, o cientista destacou a importância dos meios radiofônicos para a difusão da cultura e do aprendizado científico, desde que sejam utilizados e preservados por profissionais qualificados.[39]
Einstein deixaria o Rio no dia 12 de maio. Essa sua visita foi amplamente divulgada pela imprensa e influenciou na luta pelo estabelecimento de pesquisa básica e para a difusão das ideias da física moderna no Brasil.[39] Deixando o Rio, o já famoso físico alemão enviou, do navio, uma carta ao Comitê Nobel. Nesta carta, sugeria o nome do marechal Cândido Rondon para o Nobel da Paz.[40] Einstein teria se impressionado com o que se informou sobre as atividades de Rondon em relação à integração de tribos indígenas ao homem civilizado, sem o uso de armas ou algo do tipo.[40]
Em 1932 aceitou uma posição no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton, Nova Jersey como professor de física teórica e em 1933 com a subida dos Nazis decidiu viver permanentemente aí.
Einstein passou os últimos quarenta anos de sua vida tentando unificar os campos eletromagnético e o gravitacional numa única teoria que ele chamava de Teoria do Campo Unificado. Procurou unificar as forças fundamentais, isto é a força gravitacional e a força electro magnéctica, numa teoria que descrevesse as forças como uma única força, do mesmo modo que a teoria de Maxwell une as forças eléctrica e magnética. No entanto não incluía no seu modelo as forças nucleares forte e fraca, que na época, e até 1970, não eram compreendidas como forças separadas.[carece de fontes]
Em 1941 tem início o Projecto Manhattan (o desenvolvimento de uma bomba atômica). Pronunciamento oficial do próprio Albert Einstein sobre o referido tema:[46]
Minha responsabilidade na questão da bomba atômica se limita a uma única intervenção: escrevi uma carta ao Presidente Roosevelt. Eu sabia ser necessária e urgente a organização de experiências de grande envergadura para o estudo e a realização da bomba atômica. E o disse. Conhecia também o risco universal causado pela descoberta da bomba. Mas os sábios alemães se encarniçavam sobre o mesmo problema e tinham todas as chances de resolvê-lo. Assumi portanto minhas responsabilidades. E no entanto sou apaixonadamente um pacifista e minha maneira de ver não é diferente diante da mortandade em tempo de paz. Já que as nações não se resolvem a suprimir a guerra por uma ação conjunta, já que não superam os conflitos por uma arbitragem pacífica e não baseiam seu direito sobre a lei, elas se vêem inexoravelmente obrigadas a preparar a guerra. Participando da corrida geral dos armamentos e não querendo perder, concebem e executam os planos mais detestáveis. Precipitam-se para a guerra. Mas hoje, a guerra se chama o aniquilamento da humanidade. Protestar hoje contra os armamentos não quer dizer nada e não muda nada. Só a supressão definitiva do risco universal da guerra dá sentido e oportunidade à sobrevivência do mundo. Daqui em diante, eis nosso labor cotidiano e nossa inabalável decisão: lutar contra a raiz do mal e não contra os efeitos. O homem aceita lucidamente esta exigência. Que importa que seja acusado de anti-social ou de utópico? Gandhi encarna o maior gênio político de nossa civilização. Definiu o sentido concreto de uma política e soube encontrar em cada homem um inesgotável heroísmo quando descobre um objetivo e um valor para sua ação. A Índia, hoje livre, prova a justeza de seu testemunho. Ora, o poder material, em aparência invencível, do Império Britânico foi submergido por uma vontade inspirada por ideias simples e claras. | —Albert Eins
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