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ENEM 2021
ENEM 2021

EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO

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PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,

com sua caligrafia usual, considerando as letras maiusculas e minusculas, a seguinte frase:

As armas e os Barões assinalados

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:

  1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação, dispostas da seguinte maneira:
    1. questoes de numero 01 a 45, relativas a area de Linguagens, C6digos e suas Tecnologias;
    2. Proposta de Redagao;
    3. questoes de numero 46 a 90, relativas a area de Ciencias Humanas e suas

ATENÇÃO: as questoes de 01 a 05 sao relativas a lfngua estrangeira. Voce devera responder apenas as questoes relativas a lfngua estrangeira (ingles ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrigao.

  1. Confira se a quantidade e a ordem das questoes do seu CADERNO DE QUESTOES estao de acordo com as instrugoes Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergencia, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providencias cabfveis.
  2. Para cada uma das questoes objetivas, sao apresentadas 5 Apenas uma responde corretamente a questao.
  3. O tempo disponfvel para estas provas e de cinco horas e trinta minutos.
  4. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTAO-RESPOSTA e a FOLHA DE REDA<;AO.
  5. Os rascunhos e as marcagoes assinaladas no CADERNO DE QUESTOES nao serao considerados na
  6. Somente serao corrigidas as redagoes transcritas na FOLHA DE REDA<;AO.
  7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTOES e o CARTAO-RESPOSTA/FOLHA DE REDA<;AO.
  8. Voce podera deixar o local de prova somente ap6s decorridas duas horas do infcio da aplicagao e podera levar seu CADERNO DE QUESTOES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o termino das provas.

 

 

*010175AZ1*

 

 

 

 

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Questões de 01 a 45

Questões de 01 a 05 (opção inglês) Questão 01

We are now a nation obsessed with the cult of celebrity. Celebrities have replaced the classic notion of the hero. But instead of being respected for talent, courage or intelligence, it is money, style and image the deciding factors in what commands respect. Image is everything. Their image is painstakingly constructed by a multitude of different image consultants to carve out the most profitable celebrity they can. Then society is right behind them, believing in everything that celebrity believes in. Companies know that people will buy a product if a celebrity has it too. It is as if the person buying the product feels that they now have some kind of connection with the celebrity and that some of their perceived happiness will now be passed onto the consumer. So to look at it one way, the cult of celebrity is really nothing more than a sophisticated marketing scheme. Celebrities though cannot be blamed for all negative aspects of society. In reality society is to blame. We are the people who seemed to have lost the ability to think for ourselves. I suppose it's easier to be told what to think, rather than challenging what we are told. The reason we are swamped by celebrity is because there is a demand for it.

Disponfvel em: www.pitlanemagazine.com. Acesso em: 7 dez. 2017 (adaptado).

O texto, que aborda questoes referentes ao tema do culto a celebridade, tem o objetivo de

  • destacar os meritos das
  • criticar o consumismo das
  • ressaltar a necessidade de reflexao dos
  • culpar as celebridades pela obsessao dos
  • valorizar o marketing pessoal das

 

Questão 02

The British (serves 60 million)

Take some Picts, Celts and Silures And let them settle,

Then overrun them with Roman conquerors. Remove the Romans after approximately 400 years Add lots of Norman French to some

Angles, Saxons, Jutes and Vikings, then stir vigorously. […]

Sprinkle some fresh Indians, Malaysians, Bosnians, Iraqis and Bangladeshis together with some Afghans, Spanish, Turkish, Kurdish, Japanese

And Palestinians

Then add to the melting pot. Leave the ingredients to simmer.

As they mix and blend allow their languages to flourish Binding them together with English.

Allow time to be cool.

Add some unity, understanding, and respect for the future, Serve with justice

And enjoy.

Note: All the ingredients are equally important. Treating one ingredient better than another will leave a bitter unpleasant taste.

Warning: An unequal spread of justice will damage the people and cause pain. Give justice and equality to all.

Disponfvel em: www.benjaminzephaniah.com. Acesso em: 12 dez. 2018 (fragmento).

Ao descrever o processo de formagao da Inglaterra, o autor do poema recorre a caracterfsticas de outro genero textual para evidenciar

  • a riqueza da mistura
  • um legado de origem
  • um impacto de natureza
  • um problema de estratificagao
  • a questao da intolerancia

 

 

 

 

 

 

 

 

Questão 03

 

Becoming

 

A presenga de "at odds with" na fala da personagem do cartum revela o(a)

 

Back in the ancestral homeland of Michelle Obama, black women were rarely granted the honorific Miss or Mrs., but were addressed by their first name, or simply as "gal" or "auntie" or worse. This so openly demeaned them that many black women, long after they had left the South, refused to answer if called by their first name. A mother and father in 1970s Texas named their newborn "Miss" so that white people would have no choice but to address their daughter by that title. Black women were meant for the field or the kitchen, or for use as they saw fit. They were, by definition, not ladies. The very idea of a black woman as first lady of the land, well, that would have been unthinkable.

Disponfvel em: www.nytimes.com. Acesso em: 28 dez. 2018 (adaptado).

 

A crftica do livro de mem6rias de Michelle Obama, ex-primeira-dama dos EUA, aborda a hist6ria das relagoes humanas na cidade natal da autora. Nesse contexto, o uso do vocabulo "unthinkable" ressalta que

  • a ascensao social era
  • a mudanga de nome era
  • a origem do indivfduo era
  • o trabalho feminino era
  • o comportamento parental era

 

  • necessidade de acessar informagoes
  • dificuldade de conciliar diferentes
  • desejo de dominar novas
  • desafio de permanecer imparcial. E vontade de ler notfcias positivas. Questão 05

Exterior: Between The Museums — Day

CELINE

Americans always think Europe is perfect. But such beauty and history can be really oppressive. It reduces the individual to nothing. It just reminds you all the time you are just a little speck in a long history, where in America you feel like you could be making history. That's why I like Los Angeles because it is so.

JESSE

Ugly? CELINE

No, I was going to say "neutral". It's like looking at a blank canvas. I think people go to places like Venice on their honeymoon to make sure they are not going to fight for the first two weeks of their marriage because they'll be too busy looking around at all the beautiful things. That's what people call a romantic place - somewhere where the prettiness will contain your primary violent instinct. A real good honeymoon spot would be like somewhere in New Jersey.

 

Questão 04

KRI AN, K.; LINKLATER, R. Before Sunrise: screenplay.

New York: Vintage Books, 2005.

 

Considerando-se o olhar dos personagens, esse trecho do roteiro de um filme permite reconhecer que a avaliagao sobre um lugar depende do(a)

  • beleza do pr6prio
  • perspectiva do
  • contexto hist6rico do
  • tempo de permanencia no
  • finalidade da viagem do

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SIPRESS. Disponfvel em: www.newyorker.com. Acesso em: 12 jun. 2018.

 

 

 

 

Questões de 01 a 05 (opção espanhol) Questão 01

Se reunieron en un volumen todas las entrevistas

 

Questão 02

 

Amuleto

 

dadas por el poeta y dramaturgo Federico Garcfa Lorca. Lorca concedi6 133 entrevistas; leyendolas se sabra que estaba por detras de la poetica del escritor andaluz. Sobre su obra declar6 en una de ellas: "No he sido nunca poeta de minorfa. He tratado de poner en mis poemas lo de todos los tiempos, lo permanente, lo humano. A mf me ataca lo humano, es el elemento fundamental en toda obra de arte". Y en otra dijo: "Hoy no interesa mas que una problematica: lo social. La obra que no siga esa direcci6n esta condenada al fracaso, aunque sea muy buena". En su ultima entrevista, de junio de 1936, Lorca se muestra profetico: "Ni el poeta ni nadie tiene la clave y el secreto del mundo. Quiero ser bueno. Se que la poesfa eleva y creo firmemente que si hay un mas alla tendre la agradable sorpresa de encontrarme con el. Pero el dolor del hombre y la injusticia constante que mana del mundo, y mi propio cuerpo y mi propio pensamiento, me evitan trasladar mi casa a las estrellas".

AYEN, X. Retrato del poeta como “muchachón gitanazo”. Disponfvel em: www.clarin.com.

Acesso em: 8 dez. 2017 (adaptado).

 

Esse trecho da resenha de um livro de entrevistas concedidas por Federico Garcfa Lorca tem por finalidade

  • ressaltar a atração do entrevistado por questões
  • divulgar a comoção das elites com as obras do
  • salientar o compromisso do entrevistado com as questoes
  • mostrar a atualidade das obras poéticas e teatrais do
  • criticar o interesse do entrevistado por particularidades da vida

 

Lo unico cierto es que llegue a Mexico en 1965 y me plante en casa de Le6n Felipe y en casa de Pedro Garfias y les dije aquf estoy para lo que gusten mandar. Y les debf de caer simpatica, porque antipatica no soy, aunque a veces soy pesada, pero antipatica nunca. Y lo primero que hice fue coger una escoba y ponerme a barrer el suelo de sus casas y luego a limpiar las ventanas y cada vez que podfa les pedfa dinero y les hacfa compra. Y ellos me decfan con ese tono espanol tan peculiar, esa musiquilla distinta que no los abandon6 nunca, como si encircularan las zetas y las ces y como si dejaran a las eses mas huerfanas y libidinosas que nunca, Auxilio, me decfan, deja ya de trasegar por el piso, Auxilio, deja esos papeles tranquilos, mujer, que el polvo siempre se ha avenido con la literatura.

BOLANO, R. A. Tres novelas. Barcelona: Cfrculo de Lectores, 2003.

 

No  fragmento  do  romance,  a  uruguaia Auxilio  narra a experiencia que viveu no Mexico ao trabalhar voluntariamente para dois escritores espanh6is. Com base na relagao com os escritores, ela reflete sobre a(s)

  • variagao lingufstica do
  • sujeira dos livros de
  • distintas maneiras de acolher do
  • orientagoes sobre a limpeza das casas dos
  • dificuldades de    comunicagao   entre    patrao   e

 

 

 

 

 

 

Questão 03

Hoy, en cuesti6n de segundos uno es capaz de conocer la vida de un individuo o las actividades que lleva a cabo sin necesidad de contacto personal; las RRSS tienen la poderosa virtud de convocar concentraciones de gentes con idearios comunes y generar movimientos como la Primavera Arabe, por ejemplo.

Bajo ese parametro, cualquier incidente puede ser inmediatamente reportado por grabaci6n o filmaci6n, por lo que a los aparatos celulares, mas alla de su utilidad en terminos de conversaci6n, habrfa que calificarlos como "la guillotina del siglo XXI".

Asf es. Son estos los que han pasado a convertirse en artefactos con cuyo uso se han develado conversaciones, acuerdos, negociados, chantajes y un sin fin de hechos que han dado curso a procesos de naturaleza legal e investigativa que han tumbado gobiernos, empresas, empresarios, polfticos y que, incluso, ha servido en un caso reciente, para que un inocente recupere su libertad tras cuatro anos de injusto encierro.

Disponfvel em: https://elpotosi.net. Acesso em: 24. jun. 2021.

 

O texto trata da evolugao inerente as funcionalidades de recursos tecnol6gicos. A expressao "la guillotina del siglo XXI" destaca que os celulares de hoje podem

A oferecer recursos com fungoes multiplas. B reunir usuarios com ideias semelhantes. C divulgar informagao instantanea.

  • organizar movimentos
  • assumir utilidade

 

 

Questão 04

En el suelo, apoyado en el mostrador, se acurrucaba, inm6vil como una cosa, un hombre muy viejo. Los muchos anos lo habfan reducido y pulido como las aguas a una piedra o las generaciones de los hombres a una sentencia. Era oscuro, chico y reseco, y estaba como fuera del tiempo, en una eternidad.

BORGES, J. L. Artificios. Madri: Alianza Cien, 1995.

 

No ambito literario, sao mobilizados diferentes recursos que visam a expressividade. No texto, a analogia estabelecida pela expressao "como las aguas a una piedra” tem a fungao de

  • enfatizar a agao do tempo sobre a
  • descrever a objetificagao do C expor a anacronia da personagem. D caracterizar o espago do conto.

E  narrar a perenidade da velhice.

Por Dios!

QUÉ LE HA

AL MUNDO?

NOSOTROS.

PASADO

INSEGURIDAD

MISERIA

LUJO

VIOLENCIA

!

?

GUERRA

CRISIS

Questão 05

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

OBSCENO

ERLICH. Disponfvel em: https://mansunides.org. Acesso em: 5 dez. 2018.

 

A charge evoca uma situagao de assombro frente a uma realidade que assola as sociedades contemporaneas. Seu efeito humorfstico reside na crftica diante do(a)

  • constatagao do ser humano como o responsavel pela condigao ca6tica do
  • apelo a    religiosidade   diante   das   dificuldades enfrentadas pela
  • indignagao dos trabalhadores em face das injustigas
  • veiculagao de informagoes tragicas pelos
  • manipulagao das notfcias difundidas pelas

 

 

 

 

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Questões de 06 a 45

 

Questão 07

 

A draga

 

Questão 06

Um asteroide de cerca de um mil metros de diâmetro, viajando a 288 mil quilometros por hora, passou a uma distancia insignificante - em termos c6smicos - da Terra, pouco mais do dobro da distância que nos separa da Lua. Segundo os calculos matematicos, o asteroide cruzou a 6rbita da Terra e somente nao colidiu porque ela nao estava naquele ponto de intersegao. Se ele tivesse sido capturado pelo campo gravitacional do nosso planeta e colidido, o impacto equivaleria a 40 bilhoes de toneladas de TNT, ou o equivalente a explosao de 40 mil bombas de hidrogenio, conforme calcularam os computadores operados pelos astronomos do programa de Exploragao do Sistema Solar da Nasa; se cafsse no continente, abriria uma cratera de cinco quilometros, no mfnimo, e destruiria tudo o que houvesse num raio de milhares de outros; se desabasse no oceano, provocaria maremotos que devastariam imensas regioes costeiras. Enfim, uma visao do Apocalipse.

Disponfvel em: http://bdjur.stj.jus.br. Acesso em: 23 abr. 2010.

Qual estrategia caracteriza o texto como uma notfcia alarmante?

A A descrigao da velocidade do asteroide. B A recorrencia de formulagoes hipoteticas. C A referencia a opiniao dos astronomos.

  • A utilizagao da locugao adverbial “no mfnimo".
  • A comparagao com a distancia da Lua a

 

 

A gente nao sabia se aquela draga tinha nascido ali, no Porto, como um pe de arvore ou uma duna.

  • E que fosse uma casa de peixes?

Meia duzia de loucos e bebados moravam dentro dela, enraizados em suas ferragens.

Dos viventes da draga era um o meu amigo Mario-pega-

-sapo. [...]

Quando Mario morreu, um literato oficial, em necrol6gio caprichado, chamou-o de Mario-Captura-Sapo! Ai que dor!

Ao literato cujo fazia-lhe nojo a forma coloquial.

Queria captura em vez de pega para nao macular (sic) a lfngua nacional la dele.

[...]

Da velha draga

Abrigo de vagabundos e de bebados, restaram as expressoes: estar na draga, viver na draga por estar sem dinheiro, viver na miséria

Que ora oferego ao fil6logo Aurelio Buarque de Hollanda Para que as registre em seus lexicos

Pois que o povo ja as registrou.

BARROS, M. Gramática expositiva do chão: poesia quase toda. Rio de Janeiro:

Civilizagao Brasileira, 1990 (fragmento).

Ao criticar o preciosismo lingufstico do literato e ao sugerir a dicionarizagao de expressoes locais, o poeta expressa uma concepgao de lfngua que

A contrapoe caracterfsticas da escrita e da fala. B ironiza a comunicagao fora da norma-padrao. C substitui regionalismos por registros formais. D valoriza o uso de variedades populares.

E defende novas regras gramaticais.

 

 

 

 

 

 

Questão 08

O documentario O menino que fez um museu, diregao de Sergio Utsch, produgao independente de brasileiros e britanicos, gravado no Nordeste em 2016, mais precisamente no distrito Dom Quintino, zona rural do Crato, foi premiado em Londres, pela Foreign Press Association (FPA), a associagao de correspondentes estrangeiros mais antiga do mundo, fundada em 1888.

De acordo com o diretor, O menino que fez um museu foi o unico trabalho produzido por equipes fora do eixo Estados Unidos-Europa entre os finalistas. O documentario conta a hist6ria de um Brasil profundo, desconhecido ate mesmo por muitos brasileiros. E apresentado com o carisma de Pedro Lucas Feitosa, 11 anos.

Quando tinha 10 anos, Pedro Lucas criou o Museu de Luiz Gonzaga, que fica no distrito de Dom Quintino. A ideia surgiu ap6s uma visita que o garoto fez, em 2013, quando tinha 8 anos, ao Museu do Gonzagao, em Exu, Pernambuco. Pedro decidiu criar o pr6prio lugar de exposigao para homenagear o rei e o local escolhido foi a casa da sua bisav6 ja falecida, que fica ao lado da casa dele, na rua Alto de Antena.

Disponfvel em: www.opovo.com.br. Acesso em: 18 abr. 2018.

No segundo paragrafo, uma citagao afirma que o documentario "foi o unico trabalho produzido por equipes fora do eixo Estados Unidos-Europa entre os finalistas". No texto, esse recurso expressa uma estrategia argumentativa que reforga a

  • originalidade da iniciativa de homenagem a vida e a obra de Luiz
  • falta de concorrentes ao premio de uma das associagoes mais antigas do
  • proeza da premiagao de uma hist6ria ambientada no interior do Nordeste
  • escassez de   investimentos   para    a    produgao cinematografica independente no
  • importância da parceria entre brasileiros e britânicos para a realizagao das

 

Questão 09

A volta do marido pródigo

  • Bom dia, seu Marrinha! Como passou de ontem?
  • Ja sabe, nao e? S6 ganha meio dia. [.] La alem, Generoso cotuca Tercino:
  • [.] Vai em festa, dorme que-horas, e, quando chega, ainda e todo enfeitado e salamistrao!.
  • Que e que hei de fazer, seu Marrinha. Amanheci com uma nevralgia. Fiquei com cisma de apanhar
  • Mas o senhor vai ver como eu toco o meu servigo e ainda fago este povo trabalhar.

[…]

Pintão suou para desprender um pedrouço, e teve de pular para tras, para que a laje lhe nao esmagasse um pe. Pragueja:

  • Quem nao tem brio engorda!
  • Esse sujeito s6 e isso, e mais isso. - opina Sidu.
  • Tambem, tudo p'ra ele sai bom, e no fim da
  • diz Correia, suspirando e retomando o enxadao. - “P’ra uns, as vacas morrem … p’ra outros até boi pega a ".

Seu Marra ja concordou:

- Esta bem, seu Laio, por hoje, como foi por doenga, eu aponto o dia todo. Que e a ultima vez!. E agora, deixa de conversa fiada e vai pegando a ferramenta!

ROSA, J. G. Sagarana. Rio de Janeiro: Jose Olympio, 1967.

Esse texto tem importancia singular como patrimonio lingufstico para a preservagao da cultura nacional devido

  • a mengao a enfermidades que indicam falta de cuidado
  • a referencia a profissoes ja extintas que caracterizam a vida no
  • aos nomes de personagens que acentuam aspectos de sua
  • ao emprego de ditados populares que resgatam mem6rias e saberes
  • as descrigoes    de    costumes    regionais    que desmistificam crengas e

 

            

 

 

 

 

Questão 10

Intenso e original, Son of Saul retrata horror do holocausto

Centenas de filmes sobre o holocausto ja foram produzidos em diversos pafses do mundo, mas nenhum e tao intenso como o hungaro Son of Saul, do estreante em longa-metragens Laszl6 Nemes, vencedor do Grande Premio do Juri no ultimo Festival de Cannes.

Ao contrario  da  grande  maioria  das  produgoes do genero, que costuma oferecer uma variedade de informagoes didaticas e nao raro cruza diferentes pontos de vista sobre o horror do campo de concentragao, o filme acompanha apenas um personagem.

Ele e Saul (Geza Rohrig), um dos encarregados de conduzir as execugoes de judeus como ele que, por um dia e meio, luta obsessivamente para que um menino ja morto - que pode ou nao ser seu filho - tenha um enterro digno e nao seja simplesmente incinerado.

O acompanhamento da jornada desse prisioneiro e no sentido mais literal que o cinema pode proporcionar: a camera esta o tempo todo com o personagem, seja por sobre seus ombros, seja com um close em primeiro plano ou em sua visao subjetiva. O que se passa ao seu redor e secundario, muitas vezes desfocado.

Saul percorre diferentes divisoes de Auschwitz a procura de um rabino que possa conduzir o enterro da

 

Questão 11

 

Sinhá

Se a dona se banhou Eu nao estava la

Por Deus Nosso Senhor Eu nao olhei Sinha Estava la na roga

Sou de olhar ninguem Nao tenho mais cobiga Nem enxergo bem

Para que me por no tronco Para que me aleijar

Eu juro a vosmece Que nunca vi Sinha […]

Por que talhar meu corpo Eu nao olhei Sinha

Para que que vosmince Meus olhos vai furar

Eu choro em ioruba Mas oro por Jesus Para que que vassunce Me tira a luz.

 

crianga, e por isso pouco se envolve nos planos de fuga que os companheiros tramam e, quando o faz, geralmente atrapalha. "Voce abandonou os vivos para cuidar de um morto", acusa um deles.

Ver toda essa via crucis e por vezes duro e exige certa entrega do espectador, mas certamente é daquelas experiencias cinematograficas que permanecem na cabega por muito tempo.

O longa ja esta sendo apontado como o grande favorito ao Oscar de filme estrangeiro. Se levar a estatueta, certamente nao faltara quem diga que a Academia tem uma preferencia por quem aborda a 28 Guerra. Por mais que exista uma dose de verdade na afirmagao, premiar uma abordagem tão ousada e radical como Son of Saul nao deixaria de ser um passo a frente dos votantes.

Carta Capital, n. 873, 22 out. 2015.

A resenha e, normalmente, um texto de base argumentativa. Na resenha do filme Son of Saul, o trecho da sequencia argumentativa que se constitui como opiniao implfcita e

  • "[.] do estreante em longa-metragens Laszl6 Nemes, vencedor do Grande Premio do Juri no ultimo Festival de Cannes".
  • "Ele e Saul (Geza Rohrig), um dos encarregados de conduzir as execugoes de judeus [.]".
  • "[.] a camera esta o tempo todo com o personagem, seja por sobre seus ombros, seja com um close [.]".
  • "Saul percorre diferentes divisoes de Auschwitz a procura de um rabino que possa conduzir o enterro da crianga [.]".
  • “[…] premiar uma abordagem tão ousada e radical como Son of Saul nao deixaria de ser um passo a frente dos votantes".

 

CHICO BUARQUE; JOAO BOSCO. Chico. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2011 (fragmento).

No fragmento da letra da cangao, o vocabulario empregado e a situagao retratada sao relevantes para o patrimonio lingufstico e identitario do pafs, na medida em que

  • remetem a violencia ffsica e simb6lica contra os povos
  • valorizam as influencias da cultura africana sobre a musica
  • relativizam o sincretismo constitutivo das praticas religiosas
  • narram os infortunios da relagao amorosa entre membros de classes sociais
  • problematizam as diferentes visoes de mundo na sociedade durante o perfodo

 

 

 

 

 

Questão 12

 

 

 

 

ESSE PET É DESCARTÁVEL.

 

 

 

 

 

 

ESSE NÃO.

 

 

!

ABANDONO

É CRIME.

LEI FEDERAL Nº 9 605/98

 

Nessa tirinha, produzida na decada de 1970, os recursos verbais e nao verbais sinalizam a finalidade de

  • reforgar a luta por direitos
  • explicitar a autonomia
  • ironizar as condigoes de D estimular a abdicagao da vida social. E criticar as obrigagoes da maternidade.

Questão 14

A crise dos refugiados imortalizada para sempre no fundo do mar

 

 

 

 

 

 

Disponfvel em: www.deskgram.org. Acesso em: 12 dez. 2018 (adaptado).

 

A associagao entre o texto verbal e as imagens da garrafa e do cao configura recurso expressivo que busca

  • estimular denuncias de maus-tratos contra
  • desvincular o conceito de descarte da ideia de
  • incentivar campanhas de adogao de animais em situagao de
  • sensibilizar o publico em relagao ao abandono de animais
  • alertar a população sobre as sanções legais acerca de uma pratica

Questão 13

 

=

HENFIL. Disponfvel em: https://medium.com. Acesso em: 29 out. 2018 (adaptado).

 

 

TAYLOR, J. C. A balsa de Lampedusa. Instalagao. Museu Atlantico, Lanzarote, Canarias, 2016 (detalhe).

A balsa de Lampedusa, nome da obra do artista britanico Jason de Caires Taylor, e uma das instalagoes criadas por ele para compor o acervo do primeiro museu submarino da Europa, o Museu Atlantico, localizado em Lanzarote, uma das ilhas do arquipelago das Canarias.

Lampedusa e o nome da ilha italiana onde a grande maioria dos refugiados que saem da Africa ou de pafses como Sfria, Lfbano e Iraque tenta chegar para conseguir asilo no continente europeu.

As esculturas do Museu Atlantico ficam a 14 metros de profundidade nas aguas cristalinas de Lanzarote.

Na balsa, estao dez pessoas. Todas tem no rosto a expressao do abandono. Entre elas, ha algumas criangas. Uma delas, uma menina debruçada sobre a beira do bote, olha sem esperanga o horizonte. A imagem e tao forte que dispensa qualquer palavra. Exatamente o papel da arte.

Disponfvel em: http://conexaoplaneta.com.br. Acesso em: 22 jun. 2019 (adaptado).

Alem de apresentar ao publico a obra A balsa de Lampedusa, essa reportagem cumpre, paralelamente, a fungao de chamar a atengao para

  • a ilha de Lanzarote, localizada no arquipelago das Canarias, com vocagao para o
  • as muitas vidas perdidas nas travessias marftimas em embarcagoes precarias ao longo dos
  • a inovagao relativa a construgao de um museu no fundo do mar, que s6 pode ser visitado por
  • a construção do museu submarino como um memorial para as centenas de imigrantes mortos nas travessias pelo
  • a arte como perpetuadora de epis6dios marcantes da humanidade que tem de ser relembrados para que nao tornem a

 

 

 

 

Questão 15 TEXTO I

 

Questão 16

 

Devagar, devagarinho

 

Correu a sala dos retratos, abriu o piano, sentou-se e espalmou as maos no teclado. Comegou a tocar alguma coisa pr6pria, uma inspiragao real e pronta, uma polca, uma polca buligosa, como dizem os anuncios. Nenhuma repulsa da parte do compositor; os dedos iam arrancando as notas, ligando-as, meneando-as; dir-se-ia que a musa compunha e bailava a um tempo. [.] Compunha s6, teclando ou escrevendo, sem os vaos esforgos da vespera, sem exasperagao, sem nada pedir ao ceu, sem interrogar os olhos de Mozart. Nenhum tedio. Vida, graga, novidade, escorriam-lhe da alma como de uma fonte perene.

ASSIS, M. Um homem célebre. Disponfvel em: www.biblio.com.br.

Acesso em: 2 jun. 2019.

TEXTO II

Um homem célebre expoe o suplfcio do musico popular que busca atingir a sublimidade da obra-prima classica, e com ela a galeria dos imortais, mas que e trafdo por uma disposigao interior incontrolavel que o empurra implacavelmente na diregao oposta. Pestana, celebre nos saraus, saloes, bailes e ruas do Rio de Janeiro por suas composições irresistivelmente dançantes, esconde-se dos rumores a sua volta num quarto povoado de fcones da grande musica europeia, mergulha nas sonatas do classicismo vienense, prepara-se para o supremo salto criativo e, quando da por si, e o autor de mais uma inelutavel e saltitante polca.

WISNIK, J. M. Machado maxixe: o caso Pestana. Teresa: revista de literatura brasileira,

2004 (adaptado).

 

O conto de Machado de Assis faz uma referencia velada ao maxixe, genero musical inicialmente associado a escravidao e a mestigagem. No Texto II, o conflito do personagem em compor obras do genero e representativo da

  • pouca complexidade musical das composigoes ajustadas ao gosto do grande
  • prevalencia de referencias musicais africanas no imaginario da populagao
  • incipiente atribuigao de prestfgio social a musicas instrumentais feitas para a
  • tensa relação entre o erudito e o popular na constituigao da musica
  • importancia atribufda a musica classica na sociedade brasileira do seculo

 

Desacelerar e preciso. Acelerar nao e preciso. Afobados e voltados para o pr6prio umbigo, operamos, automatizados, falas rob6ticas e silencios glaciais. Ilustra bem esse estado de espfrito a musica Sinal fechado (1969), de Paulinho da Viola. Trata-se da hist6ria de dois sujeitos que se encontram inesperadamente em um sinal de transito. A conversa entre ambos, porem, se deu rapida e rasteira. Logo, os personagens se despedem, com a promessa de se verem em outra oportunidade. Percebe-se um registro de comunicagao vazia e superficial, cuja tonica foi o contato ligeiro e superficial construfdo pelos interlocutores: "Ola, como vai? / Eu vou indo, e voce, tudo bem? / Tudo bem, eu vou indo correndo, / pegar meu lugar no futuro. E voce? / Tudo bem, eu vou indo em busca de um sono / tranquilo, quem sabe? / Quanto tempo… / Pois é, quanto tempo. / Me perdoe a pressa / e a alma dos nossos neg6cios. / Oh! Nao tem de que. / Eu tambem s6 ando a cem".

O culto a velocidade, no contexto apresentado, se coloca como fruto de um imediatismo processual que celebra o alcance dos fins sem dimensionar a qualidade dos meios necessarios para atingir determinado prop6sito. Tal conjuntura favorece a lei do menor esforgo

  • a comodidade - e prejudica a lei do maior esforgo
  • a

Como modelo alternativo a cultura fast, temos o movimento slow life, cujo prop6sito, resumidamente, e conscientizar as pessoas de que a pressa e inimiga da perfeigao e do prazer, buscando assim reeducar seus sentidos para desfrutar melhor os sabores da vida.

SILVA, M. F. L. Boletim UFMG, n. 1 749, set. 2011 (adaptado).

 

Nesse artigo de opinião, a apresentação da letra da canção Sinal fechado é uma estratégia argumentativa que visa sensibilizar o leitor porque

  • adverte sobre os riscos que o ritmo acelerado da vida
  • exemplifica o fato criticado no texto com uma situagao
  • contrapõe situações de aceleração e de serenidade na vida das
  • questiona o cliche sobre a rapidez e a aceleragao da vida
  • apresenta soluções para a cultura da correria que as pessoas vivenciam

 

 

 

 

Questão 17

A hist6ria do futebol  brasileiro  contem,  ao  longo de um seculo, registros de epis6dios racistas. Eis o paradoxo: se, de um  lado,  a  atividade  futebolfstica era depreciada aos olhos da "boa sociedade" como profissao destinada aos pobres, negros e marginais, de outro, achava-se investida do poder de representar e projetar a nagao em escala mundial. A Copa do Mundo no Brasil, em 1950, viria a se constituir, nesse sentido, em uma rara oportunidade. Contudo, na decisao contra o Uruguai sobreveio o inesperado reves. As cronicas esportivas elegiam o goleiro Barbosa e o defensor Bigode como bodes   expiat6rios,   "descarregando nas costas" dos jogadores os "prejufzos" da derrota. Uma chibata moral, eis a sentenga proferida no tribunal dos brancos. Nos anos 1970, por nao atender as expectativas normativas suscitadas  pelo  estere6tipo do "bom negro", Paulo Cesar Lima foi  classificado como "jogador-problema". Ele esbogava a revolta da chibata no futebol brasileiro. Enquanto Barbosa e Bigode, sem alternativa, suportaram o linchamento moral na derrota de 1950, Paulo Cesar contra-atacava os que pretendiam condena-lo pelo insucesso de 1974. O jogador assumia as cores e as causas defendidas pela esquadra dos pretos em  todas  as  esferas  da vida social. "Sinto na pele esse racismo subjacente", revelou a imprensa francesa: "Isto e, ninguem ousa pronunciar a palavra 'racismo'.  Mas  posso  garantir que ele existe,   mesmo   na   Selegao   Brasileira". Sua ousadia consistiu em pronunciar a palavra interdita no espago simb6lico do discurso oficial para reafirmar o mito da democracia racial.

Disponfvel em: https://observatorioracialfutebol.com.br. Acesso em: 22 jun. 2019 (adaptado).

 

O texto atribui o enfraquecimento do mito da democracia racial no futebol a

  • responsabilizagao de jogadores negros pela derrota na final da Copa de
  • projegao mundial da nagao por um esporte antes destinado aos
  • depreciagao de    um    esporte    associado    a
  • interdigao da palavra "racismo" no contexto

 

  • atitude contestadora de um "jogador-problema".

 

Questão 18

 

MEIRELLES, V. Moema. Oleo sobre tela, 129 cm x 190 cm.

Masp, Sao Paulo, 1866.

Disponfvel em: www.masp.art.br. Acesso em: 13 ago. 2012 (adaptado).

Nessa obra, que retrata uma cena de Caramuru, célebre poema epico brasileiro, a filiagao a estetica romantica manifesta-se na

  • exaltagao do retrato fiel da beleza
  • tematizagao da fragilidade humana diante da C ressignificagao de obras do canone literario nacional. D representagao dramatica e idealizada do corpo da fndia.

E oposigao entre a condigao humana e a natureza primitiva.

Questão 19

Coincidindo com o Dia Internacional dos Direitos da Infancia, foram apresentados diversos trabalhos que mostram as mudangas que afetam a vida das criangas. Um desses estudos compara o que sonham e brincam as criangas hoje em relagao as dos anos 1990. E o que se descobriu e que as criangas tem agora menos lazer e estão mais sobrecarregadas por deveres e atividades extracurriculares do que as de 25 anos atras. As criangas de hoje nao s6 dedicam menos tempo para brincar, como tambem, quando brincam, a maioria nao o faz com outras crianças no parque, na rua ou na praça, mas em casa e muitas vezes sozinhas. E ja nao brincam tanto com brinquedos, mas com aparelhos eletronicos, entre os quais predomina o jogo individual com a maquina.

OLIVA, M. P. O direito das criangas ao lazer. e a crescer sem carencias.

El País, 20 nov. 2015 (adaptado).

O texto indica que as transformagoes nas experiencias ludicas na infancia

  • fomentaram as relagoes sociais entre as
  • tornaram o lazer uma pratica difundida entre as
  • incentivaram a criação de novos espaços para se
  • promoveram uma vivencia corporal menos
  • contribufram para o aumento do tempo dedicado para

 

 

 

 

Questão 20

Que tal transformar a internet em palco para a dança?

 

Questão 21 TEXTO I

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O core6grafo e bailarino Didier Mulleras se destaca como um dos criadores que descobriram a dança de outro ponto de vista. Mini@tures e uma experiencia emblematica  entre  movimento,  computador,  internet e vfdeo.  Com  os  recursos  da  computagao  grafica, a dança das miniaturas  pode  caber  na  palma  da mao. Pelo fato de usar a internet como palco, o processo de criação das miniaturas  de  dança  levou em  consideração  os  limites  de  tempo  de  download e o tamanho de arquivo, para que um numero maior de "espectadores" pudesse assistir. A graga das miniaturas esta justamente na contaminagao entre mfdias:    corpo/danga/computagao    grafica/internet. De fato, e a rede que faz a maior diferenga nesse grupo. Mini@tures explora uma nova dimensao que descobre o espaço-tempo da web e conquista um novo territ6rio para a danga contemporanea. A  qualquer hora, danga on-line.

SPANGHERO, M. A dança dos encéfalos acesos. Sao Paulo: Itau Cultural, 2003 (adaptado).

Considerado o primeiro projeto de danga contemporanea concebido para a rede, esse trabalho e apresentado como inovador por

  • adotar uma perspectiva conceitual como contraposição a tradigao de grandes
  • criar novas formas de financiamento ao utilizar a internet para divulgagao das
  • privilegiar movimentos gerados por computação grafica, com a substituigao do palco pela
  • produzir uma arte multimodal, com o intuito de ampliar as possibilidades de expressao
  • redefinir a extensao e o prop6sito do espetaculo para adapta-lo ao perfil de diferentes

 

O mito da estiagem em São Paulo

Os estoques de agua doce sao inesgotaveis, na medida em que são alimentados principalmente pelos oceanos, infinitos via evaporagao e precipitagao, ou seja, pelo ciclo hidrol6gico, que depende de forgas ffsicas as quais o homem nunca podera interromper. Enquanto existirem, o ciclo funcionara e os estoques de agua doce nos continentes serao repostos indefinidamente.

Obviamente que a agua nao se distribui equitativamente pelo planeta. Ha regioes com muita agua, normalmente na zona tropical, na qual a evaporagao e maior, e regioes aridas, onde, por razoes especfficas da dinamica climatica, as taxas de evaporagao sao maiores do que a precipitagao, gerando deficit de reposigao de estoques de agua doce.

Disponfvel em: www.cartanaescola.com.br. Acesso em: 17 jan. 2015 (adaptado).

 

TEXTO II

O processo de sedimentagao no fundo do lago de um reservat6rio e um processo lento. Os sedimentos vao formando argila, que e uma rocha impermeavel. Entao, a agua daquele lago nao vai alimentar os aqufferos. Mesmo tendo muita quantidade de agua superficial, ela nao consegue penetrar no solo para alimentar os aqufferos. Se nao for usada no consumo, ela vai simplesmente evaporar e vai cair em outro lugar, levada pelas correntes aereas. Isso e outro motivo pelo qual os aqufferos nao conseguem recuperar seu nfvel, porque nao recebem agua.

Disponfvel em: www.jornalopcao.com.br. Acesso em: 17 jan. 2015 (adaptado).

 

Os textos I e II abordam a situagao dos reservat6rios de agua doce do planeta. Entretanto, a divergencia entre eles esta na ideia de que e possfvel

  • manter os estoques de agua
  • utilizar a agua superficial para o
  • repor os estoques de agua doce em regioes
  • reduzir as taxas de precipitagao e evaporagao da
  • equalizar a distribuigao de agua doce nas diferentes

 

 

 

 

Questão 22

Os linguistas tem notado a expansao do tratamento informal. "Tenho 78 anos e devia ser tratado por senhor, mas meus alunos mais jovens me tratam por você", diz o professor Ataliba Castilho, aparentemente sem se incomodar com a informalidade, inconcebfvel em seus tempos de estudante. O você, porem, nao reinara sozinho. O tu predomina em Porto Alegre e convive com o você no Rio de Janeiro e em Recife, enquanto você é o tratamento predominante em São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e Salvador. O tu ja era mais pr6ximo e menos formal que você nas quase 500 cartas do acervo on-line de uma instituigao universitaria, quase todas de poetas, polfticos e outras personalidades do final do seculo XIX e infcio do XX.

Disponfvel em: http://revistapesquisa.fapesp.br. Acesso em: 21 abr. 2015 (adaptado).

No texto, constata-se que os usos de pronomes variaram ao longo do tempo e que atualmente tem empregos diversos pelas regioes do Brasil. Esse processo revela que

  • a escolha de "voce" ou de "tu" esta condicionada a idade da pessoa que usa o
  • a possibilidade de se usar tanto "tu" quanto "voce" caracteriza a diversidade da
  • o pronome “tu” tem sido empregado em situações informais por todo o
  • a ocorrencia simultanea de "tu" e de "voce" evidencia a inexistencia da distingao entre nfveis de
  • o emprego de "voce" em documentos escritos demonstra que a lfngua tende a se manter

Questão 23

O solo A morte do cisne, criado em 1905 pelo russo Mikhail Fokine a partir da musica do compositor frances Camille Saint-Saens, retrata o ultimo voo de um cisne antes de morrer. Na versao original, uma bailarina com figurino impecavelmente branco e na ponta dos pés interpreta toda a agonia da ave se debatendo ate desfalecer.

Em 2012, John Lennon da Silva, de 20 anos, morador do bairro de Sao Mateus, na ona Leste de Sao Paulo, elaborou um novo jeito de dangar a coreografia imortalizada pela bailarina Anna Pavlova. No lugar de um cola e das sapatilhas, vestiu calga jeans, camiseta e tenis. Em vez de bale, trouxe o estilo popping da street dance. Sua apresentação inovadora de A morte do cisne, que foi ao ar no programa Se ela dança, eu danço, virou hit no YouTube.

Disponfvel em: www.correiobraziliense.com.br. Acesso em: 18 jun. 2019 (adaptado).

A forma original de John Lennon da Silva reinterpretar a coreografia de A morte do cisne demonstra que

  • a composigao da coreografia foi influenciada pela escolha do
  • a criagao artfstica e   beneficiada   pelo   encontro de modelos oriundos de diferentes realidades
  • a variação entre os modos de dançar uma mesma musica evidencia a hierarquia que marca manifestagoes
  • a formagao erudita, a qual o dangarino nao teve acesso, resulta em artistas que s6 conhecem a estetica da arte
  • a interpretagao, por homens, de coreografias originalmente concebidas para mulheres exige uma adaptagao

 

Questão 24

Seus primeiros anos de detento foram diffceis; aos poucos entendeu como o sistema funciona. Apanhou dezenas de vezes, teve o cranio esmagado, o maxilar deslocado, bragos e pernas quebrados; por fim, um dia ficou lesionado da perna quando foi jogado da laje de um pavilhao. Nem todas as vezes ele soube por que apanhou, muito menos da ultima, quando foi deixado para morrer, mas sobreviveu. Seu corpo, mofdo no inferno, aguarda o fim dos seus dias. Ja nao questiona mais. Obedece. Cumpre as ordens. Baixa a cabega e se retira. Apanha, as vezes com motivo, as vezes sem. Por onde passou, derramaram seu sangue. Seu rastro pode ser seguido. Intriga ter sobrevivido durante tantos anos. Pouqufssimos chegaram a terceira idade encarcerados.

MAIA, A. P. Assim na terra como embaixo da terra. Rio de Janeiro: Record, 2017.

A narrativa concentra sua forga expressiva no manejo de recursos formais e numa representagao ficcional que

  • buscam perpetuar visoes do senso
  • trazem a tona atitudes de um estado de
  • promovem a interlocugao com grupos
  • inspiram o sentimento de justiga por meio da empatia. E recorrem ao absurdo como forma de traduzir a Questão 25

- O senhor pensa que s6 porque o deixaram morar neste pafs pode logo ir fazendo o que quer? Nunca ouviu falar num trogo chamado autoridades constitufdas? Nao sabe que tem de conhecer as leis do pafs? Nao sabe que existe uma coisa chamada Exercito Brasileiro, que o senhor tem de respeitar? Que neg6cio e esse? [...] Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro: “dura lex”! Seus filhos sao uns moleques e outra vez que eu souber que andaram incomodando o General, vai tudo em cana. Morou? Sei como tratar gringos feito o senhor. [...] Foi entao que a mulher do vizinho do General interveio:

  • Era tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido? O delegado apenas olhou-a, espantado com o
  • Pois entao fique sabendo que eu tambem sei tratar tipos como o senhor. Meu marido nao e gringo nem meus filhos sao moleques. Se por acaso importunaram o General, ele que viesse falar comigo, pois o senhor tambem esta nos importunando. E fique sabendo que sou brasileira, sou prima de um Major do Exercito, sobrinha de um Coronel, e filha de um General! Morou? Estarrecido, o delegado s6 teve forga para engolir em seco e balbuciar humildemente: - Da ativa, minha senhora?.

SABINO, F. A mulher do vizinho. In: Os melhores contos. Rio de Janeiro: Record, 1986.

A representação do discurso intimidador engendrada no fragmento e responsavel por

A   ironizar atitudes e ideias xenof6bicas. B  conferir a narrativa um tom aned6tico. C dissimular o ponto de vista do narrador.

  • acentuar a hostilidade das
  • exaltar relações de poder

 

 

 

 

Questão 26

Os velhos papeis, quando nao sao consumidos pelo fogo, as vezes acordam de seu sono para contar notfcias do passado.

É assim que se descobre algo novo de um nome antigo, sobre o qual ja se julgava saber tudo, como Machado de Assis.

Por exemplo, voce provavelmente nao sabe que o autor carioca, morto em 1908, escreveu uma letra do hino nacional em 1867 - e nao poderia saber mesmo, porque os versos seguiam ineditos. Ate hoje.

Essa letra acaba de ser descoberta, em um jornal antigo de Florian6polis, pelo pesquisador independente Felipe Rissato.

"Das florestas em que habito/ Solto um canto varonil:/ Em honra e gl6ria de Pedro/ O gigante do Brasil", diz o comego do hino, composto de sete estrofes em redondilhas maiores, ou seja, versos de sete sflabas poeticas. O trecho tambem e o refrao da musica.

O Pedro mencionado e o imperador Dom Pedro II. O bruxo do Cosme Velho compos a letra para o aniversario de 42 anos do monarca, em 2 de dezembro daquele ano

  • o hino seria apresentado naquele dia no teatro da cidade de Desterro, antigo nome de

Disponfvel em: www.revistaprosaversoearte.com. Acesso em: 4 dez. 2018 (adaptado).

Considerando-se as operações de retomada de informagoes na estruturagao do texto, ha interdependencia entre as expressoes

  • "Os velhos papeis" e "E assim".
  • "algo novo" e "sobre o qual".
  • "um nome antigo" e "Por exemplo".
  • "O gigante do Brasil" e "O Pedro mencionado".
  • "o imperador Dom Pedro II" e "O bruxo do Cosme Velho".

Questão 27

 

RODRIGUES, S. Acervo pessoal.

A revolução estética brasiliense empurrou os designers de m6veis dos  anos  1950  e  infcio  dos 1960 para o novo. Induzidos a abandonar o gosto rebuscado pelo colonial, a trocar Ouro Preto por Brasflia, eles criaram um  mobiliario  contemporaneo que ainda hoje vemos nas lojas e nas salas de espera de consult6rios e escrit6rios. Colada no uso de madeiras nobres, como o jacaranda e a peroba, e em materiais de revestimento como o couro e a palhinha, desenvolveu-se uma tendencia feita de linhas retas e

curvas suaves, nos moldes da capital no Cerrado.

CHAVES, D. Disponfvel em: www.veja.abril.com.br. Acesso em: 29 jul. 2010.

 

Na reportagem sobre os 50 anos de Brasflia, de Debora Chaves, com  a  reprodugao  fotografica  de  cadeiras e poltronas de Sergio Rodrigues, verifica-se que os elementos da estética brasiliense

  • aparecem definidos nas linhas retas dos
  • expressam o desenho rebuscado por meio das
  • mostram a expressao assimetrica das linhas curvas
  • apontam a unidade de materia-prima utilizada em sua
  • surgem na simplificagao das informagoes visuais de cada

Questão 28

Thumbs Up

Ponto positivo para o Facebook, que vai dar uma ajeitada na casa para, quem sabe, nao ser mais conhecido como o espago  da  treta.  Durante  a  F8, sua conferencia anual, a empresa anunciou a maior mudanga de design do servigo em 5 anos. Agora, o polemico feed de notfcias deixa de ser o protagonista, e o queridinho da rede social se torna o segmento de Grupos (e o Orkut fazendo escola?). Segundo Mark

 uckerberg, mais de 1 bilhao de usuarios mensais entram nessa aba do aplicativo, e 400 mil deles ja estao integrados em   grupos   de   "assuntos   significativos". O objetivo agora e aumentar o trafego, oferecendo mais sugestoes e ferramentas especiais para quem gerencia essas comunidades. Alem disso, o Marketplace, que ja tem mais de 800 milhoes de usuarios, vai ganhar mais atengao e integragao. Com isso, parece que ha um novo padrao se montando na rede social: sai o feed, entra a segmentação, que pode ser uma boa porta para monetizagao nos pr6ximos anos. No mesmo evento,

 uckerberg tambem disse que o futuro do Facebook e a privacidade, mas nao deu muitos detalhes de como vai proteger seus clientes daqui para frente. Evitar que vazamentos de dados dos usuarios acontegam e um bom comego.

#FicaaDica

Disponfvel em: https://thebrief.us16.list-manage.com. Acesso em: 3 maio 2019 (adaptado).

O texto relata que uma rede  social  virtual  realizara sua maior mudanga de  design  dos  ultimos  anos. Esse fato revela que as tecnologias de informagao e comunicação

  • buscam oferecer mais
  • assimilam os comportamentos dos
  • promovem maior interagao em ambientes
  • oferecem mais facilidades para obter cada vez mais
  • evoluem para ficar mais parecidas umas com as

 

 

 

 

Questão 29

 

Reaprender a ler notícias

 

Questão 30

Nao que Pelino fosse qufmico, longe disso; mas era

 

Nao da mais para ler um jornal, revista ou assistir a um telejornal da mesma   forma   que   fazfamos ate o surgimento da rede mundial de computadores. O Observat6rio da Imprensa antecipou isso la nos idos de 1996 quando cunhou o slogan "Voce nunca mais vai ler jornal do mesmo jeito". De fato, hoje ja nao basta mais ler o que esta escrito ou falado para estar bem informado. E preciso conhecer as entrelinhas e saber que nao ha objetividade e nem isengao absolutas, porque cada ser humano ve o mundo de uma forma diferente. Ter um pe atras passou a ser a regra basica numero um de quem passa os olhos por uma primeira pagina, capa de revista ou chamadas de um noticiario na TV.

Ha uma diferenga importante entre desconfiar de tudo e procurar ver o maior numero possfvel de lados de um mesmo fato, dado ou evento. Apenas desconfiar nao resolve porque se trata de uma atitude passiva. E claro, tudo comega com a duvida, mas a partir dela e necessario ser proativo, ou seja, investigar, estudar, procurar os elementos ocultos que sempre existem numa notfcia. No comego e um esforgo solitario que pode se tornar coletivo a medida que mais pessoas descobrem sua vulnerabilidade informativa.

Disponfvel em: www.observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 30 set. 2015 (adaptado).

 

No texto, os argumentos apresentados permitem inferir que o objetivo do autor e convencer os leitores a

  • buscarem fontes de informagao comprometidas com a
  • privilegiarem notfcias veiculadas em jornais de grande
  • adotarem uma postura crftica em relagao as informagoes
  • questionarem a pratica jornalfstica anterior ao surgimento da
  • valorizarem reportagens redigidas com imparcialidade diante dos

 

 

sabio, era gramatico. Ninguem escrevia em Tubiacanga que não levasse bordoada do Capitão Pelino, e mesmo quando se falava em algum homem notavel la no Rio, ele nao deixava de dizer: "Nao ha duvida! O homem tem talento,  mas  escreve:  ‘um  outro’,  ‘de  resto’…” E contrafa os labios como se tivesse engolido alguma cousa amarga.

Toda a vila de Tubiacanga acostumou-se a respeitar o solene Pelino, que corrigia e emendava as maiores gl6rias nacionais. Um sabio.

Ao entardecer, depois de ler um pouco o Sotero, o Candido de Figueiredo ou o Castro Lopes, e de ter passado mais uma vez a tintura nos cabelos, o velho mestre-escola safa vagarosamente de casa, muito abotoado no seu palet6 de brim mineiro, e encaminhava-

-se para a botica do Bastos a dar dous dedos de prosa. Conversar e um modo de dizer, porque era Pelino avaro de palavras, limitando-se tao-somente a ouvir. Quando, porem, dos labios de alguem escapava a menor incorregao de linguagem, intervinha e emendava. "Eu asseguro, dizia o agente do Correio, que." Por af, o mestre-escola intervinha com mansuetude evangelica: "Nao diga 'asseguro', Senhor Bernardes; em portugues e garanto".

E a conversa continuava depois da emenda, para ser de novo interrompida por uma outra. Por essas e outras, houve muitos palestradores que se afastaram, mas Pelino, indiferente, seguro dos seus deveres, continuava o seu apostolado de vernaculismo.

BARRETO, L. A Nova Califórnia. Disponfvel em: www.dominiopublico.gov.br.

Acesso em: 24 jul. 2019.

 

Do ponto de vista lingufstico, a defesa da norma-padrao pelo personagem caracteriza-se por

  • contestar o ensino de regras em detrimento do conteudo das
  • resgatar valores patri6ticos relacionados as tradigoes da lfngua
  • adotar uma perspectiva complacente em relação aos desvios
  • invalidar os usos da lfngua pautados pelos preceitos da gramatica
  • desconsiderar diferentes nfveis de formalidade nas situagoes de

 

 

 

 

Questão 31

O skate apareceu como forma de vivencia no lazer em perfodos de baixa nas ondas e ficou conhecido como "surfinho". No infcio foram utilizados eixos e rodinhas de patins pregados numa madeira qualquer, para sua composigao, sendo  as  rodas  de  borracha  ou  ferro. O grande marco na hist6ria do skate ocorreu em 1974, quando o engenheiro qufmico chamado Frank Nasworthy descobriu o uretano, material mais flexfvel, que oferecia mais aderencia as rodas. A dependencia dos skatistas em relação a esse novo material igualmente alavancou o surgimento de novas manobras e possibilitou a um maior numero de pessoas inexperientes comegar a pratica dessa modalidade. O resultado foi a criagao de campeonatos, marcas, fabricas e lojas especializadas.

ARMBRUST, I.; LAURO, F. A. A. O skate e suas possibilidades educacionais.

Motriz, jul.-set. 2010 (adaptado).

De acordo com o texto, diversos fatores ao longo do tempo

  • contribufram para a democratizagao do
  • evidenciaram as demandas comerciais dos
  • definiram a carreira de skatista
  • permitiram que a pratica social do skate substitufsse o
  • indicaram a autonomia dos praticantes de

NÃO OLHA

AINDA!

Questão 32

 

No texto, ha marcas da fungao da linguagem que nele predomina. Essas marcas sao responsaveis por colocar em foco o(a)

  • mensagem, elevando-a a categoria de objeto estetico do mundo das
  • c6digo, transformando a linguagem utilizada no texto na pr6pria tematica
  • contexto, fazendo das informagoes presentes no texto seu aspecto
  • enunciador, buscando expressar sua atitude em relagao ao conteudo do
  • interlocutor, considerando-o    responsavel    pelo direcionamento dado a narrativa pelo

DEIXA DE DRAMA, A MAIOR PARTE DO

MATERIAL ESTÁ ON-LINE.

A PESQUISA FOI O PRIMEIRO PASSO NA PRODUÇÃO DESTE LIVRO

O DESENHO FEITO À TINTA

SEGUIDA DA SELEÇÃO DAS INFORMAÇÕES E DA ELABORAÇÃO

DE UM ROTEIRO

E DEPOIS EDITADO

E COLORIZADO DIGITALMENTE.

DEPOIS DE TODO TRABALHO, ESTE LIVRO  PRECISA DE MAIS

UMA COISA:

SER LIDO.

Questão 33

 

Estojo escolar

Rio de Janeiro - Noite dessas, ciscando num desses canais a cabo, vi uns caras oferecendo maravilhas eletronicas, bastava telefonar e eu receberia um notebook capaz de me ajudar a fabricar um navio, uma estagao espacial.

[.] Como pretendo viajar esses dias, habilitei-me a comprar aquilo que os caras anunciavam como o top do top em materia de computador portatil.

No sabado, recebi um embrulho complicado que necessitava de um manual de instrugoes para ser aberto. [.] De repente, como vem acontecendo nos ultimos tempos, houve um corte na mem6ria e vi diante de mim o meu primeiro estojo escolar. Tinha 5 anos e ia para o

jardim de infancia.

Era uma caixinha comprida, envernizada, com uma tampa que corria nas bordas do corpo principal. Dentro, arrumados em divisoes, havia lapis coloridos, um apontador, uma lapiseira cromada, uma régua de 20 cm e uma borracha para apagar meus erros.

[.] Da caixinha vinha um cheiro gostoso, cheiro que nunca esqueci e que me tonteava de prazer. [.]

O notebook que agora abro e negro e, em materia de cheiro, e abominavel. Cheira vilmente a telefone celular, a cabine de aviao, a aparelho de ultrassonografia onde outro dia uma moga veio ver como sou por dentro. Acho que piorei de estojo e de vida.

CONY, C. H. Crônicas para ler na escola. Sao Paulo: Objetiva, 2009 (adaptado).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LEMOS, A. Artistas brasileiras. Belo Horizonte: Miguilim, 2018.

O que assegura o reconhecimento desse texto em quadrinhos como prefacio e o(a)

  • fungao de apresentagao do
  • apelo emocional apoiado nas
  • descrigao do processo criativo da
  • referencia a mescla dos trabalhos manual e
  • uso de elementos graficos voltados para o publico-alvo.

 

 

 

 

Questão 34

 

Questão 35

 

Singular ocorrência

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Disponfvel em: https://g1.globo.com. Acesso em: 18 jun. 2019 (adaptado).

 

No texto, os recursos verbais e nao verbais empregados tem por objetivo

  • divulgar informagoes   cientfficas   sobre   o    uso indiscriminado de aparelhos
  • influenciar o leitor a mudar atitudes e habitos considerados prejudiciais as
  • relacionar o uso da tecnologia aos efeitos decorrentes da falta de exercfcios
  • indicar medidas    eficazes    para     desestimular a utilizagao de telefones pelo publico
  • sugerir aos pais e responsaveis a substituigao de dispositivos m6veis por atividades

 

 

 

  • Ha ocorrencias bem singulares. Esta vendo aquela dama que vai entrando na igreja da Cruz? Parou agora no adro para dar uma
  • De preto?
  • Justamente; la vai entrando;
  • Nao ponha mais na carta. Esse olhar esta dizendo que a dama e uma recordagao de outro tempo, e nao ha de ser muito tempo, a julgar pelo corpo: e moga de
  • Deve ter quarenta e seis
  • Ah! Vamos la; deixe de olhar para o chao e conte-me tudo. Esta viuva, naturalmente?
  • Bem; o marido ainda E velho?
  • Nao e
  • Solteira?
  • Assim, Deve chamar-se hoje D. Maria de tal. Em 1860 florescia com o nome familiar de Marocas. Nao era costureira, nem proprietaria, nem mestra de meninas; va excluindo as profissoes e chegara la. Morava na Rua do Sacramento. Ja entao era esbelta, e, seguramente, mais linda do que hoje; modos serios, linguagem limpa.

ASSIS, M. Machado de Assis: seus 30 melhores contos.

Rio de Janeiro: Aguilar, 1961.

 

No dialogo, descortinam-se aspectos da condigao da mulher em meados do seculo XIX. O ponto de vista dos personagens manifesta conceitos segundo os quais a mulher

  • encontra um modo de dignificar-se na pratica da
  • preserva a aparencia jovem conforme seu estilo de
  • condiciona seu    bem-estar    a    estabilidade   do
  • tem sua identidade e seu lugar referendados pelo
  • renuncia a sua participagao no mercado de

 

 

 

 

Questão 36 TEXTO I

 

 

 

 

 

 

HA OUME, R. Nanawax. Plastico e tecido. Galerie Gagosian, 2009.

Disponfvel em: www.actuart.org. Acesso em: 19 jun. 2019.

TEXTO II

As mascaras nao foram feitas para serem usadas; elas se concentram apenas nas possibilidades antropom6rficas dos recipientes plasticos descartados e, ao mesmo tempo, chamam a atengao para a quantidade de lixo que se acumula em quase todas as cidades ou aldeias africanas.

FARTHING, S. Tudo sobre arte. Rio de Janeiro: Sextante, 2011 (adaptado).

Romuald Hazoume costuma dizer que sua obra apenas manda de volta ao oeste o refugo de uma sociedade de consumo cada vez mais invasiva. A obra desse artista

africano que vive no Benin denota o(a)

  • empobrecimento do valor artfstico pela combinagao de diferentes materias-primas.
  • reposicionamento estetico de objetos por meio da mudanga de
  • convite aos espectadores para interagir e completar obras
  • militância com temas da ecologia que marcam o continente
  • realidade precaria de suas condigoes de produgao

Questão 37

Comportamento geral

Voce deve estampar sempre um ar de alegria E dizer: tudo tem melhorado

Voce deve rezar pelo bem do patrao E esquecer que esta desempregado

Voce merece Voce merece

Tudo vai bem, tudo legal

Cerveja, samba, e amanha, seu e Se acabarem com teu carnaval

Voce deve aprender a baixar a cabega E dizer sempre: muito obrigado

Sao palavras que ainda te deixam dizer Por ser homem bem disciplinado

Deve pois s6 fazer pelo bem da nagao Tudo aquilo que for ordenado

Pra ganhar um fuscao no jufzo final E diploma de bem-comportado

GON AGUINHA. Luiz Gonzaga Jr. Rio de Janeiro: Odeon, 1973 (fragmento).

 

Pela analise do tema e dos procedimentos argumentativos utilizados na letra da cangao composta por Gonzaguinha na decada de 1970, infere-se o objetivo de

  • ironizar a incorporagao de ideias e atitudes
  • convencer o publico sobre a importancia dos deveres
  • relacionar o discurso religioso a resolugao de problemas
  • questionar o valor atribufdo pela populagao as festas
  • defender uma postura coletiva indiferente aos valores

Questão 38

Se for possfvel, manda-me dizer:

- E lua cheia. A casa esta vazia - Manda-me dizer, e o parafso

Ha de ficar mais perto, e mais recente Me ha de parecer teu rosto incerto.

Manda-me buscar se tens o dia

Tao longo como a noite. Se e verdade Que sem mim s6 ves monotonia.

E se te lembras do brilho das mares De alguns peixes rosados

Numas aguas

E dos meus pes molhados, manda-me dizer:

- E lua nova -

E revestida de luz te volto a ver.

HILST, H. Júbilo, memória, noviciado da paixão. Sao Paulo: Cia. das Letras, 2018.

Falando ao outro, o eu lfrico revela-se vocalizando um desejo que remete ao

  • ceticismo quanto a possibilidade do
  • tedio provocado pela distancia ffsica do ser amado. C sonho de autorrealizagao desenhado pela mem6ria. D julgamento implfcito das atitudes de quem se afasta. E questionamento sobre o significado do amor

 

 

 

 

 

Questão 39

 

Falso moralista

 

Questão 41

 

O pavão vermelho

 

Voce condena o que a mogada anda fazendo e não aceita o teatro de revista

arte moderna pra voce nao vale nada e ate vedete voce diz nao ser artista

Voce se julga um tanto bom e ate perfeito Por qualquer coisa deita logo falagao Mas eu conhego bem o seu defeito

e nao vou fazer segredo nao

Voce e visto toda sexta no Joa

e nao e s6 no Carnaval que vai pros bailes se acabar Fim de semana voce deixa a companheira

e no bar com os amigos bebe bem a noite inteira

Segunda-feira chega na repartigao pede dispensa para ir ao oculista

e vai curar sua ressaca simplesmente Voce nao passa de um falso moralista

NELSON SARGENTO. Sonho de um sambista. Sao Paulo: Eldorado, 1979.

As letras de samba normalmente se caracterizam por apresentarem marcas informais do uso da lfngua. Nessa letra de Nelson Sargento, sao exemplos dessas marcas

A "falagao"  e  "pros  bailes". B "voce" e "teatro de revista". C "perfeito" e "Carnaval".

  • "bebe bem" e "oculista".
  • “curar" e "falso moralista".

Questão 40

 

Ora, a alegria, este pavao vermelho, esta morando em meu quintal agora.

Vem pousar como um sol em meu joelho quando e estridente em meu quintal a aurora.

Clarim de lacre, este pavao vermelho sobrepuja os pavoes que estao la fora. E uma festa de purpura. E o assemelho a uma chama do labaro da aurora.

E o pr6prio doge a se mirar no espelho. E a cor vermelha chega a ser sonora neste pavao pomposo e de chavelho.

Pavoes lilases possuf outrora.

Depois que amei este pavao vermelho, os meus outros pavoes foram-se embora.

COSTA, S. Poesia completa: Sosfgenes Costa. Salvador: Conselho Estadual de Cultura, 2001.

Na construção do soneto, as cores representam um recurso poetico que configura uma imagem com a qual o eu lfrico

A revela a intengao de isolar-se em seu espago. B  simboliza a beleza e o esplendor da natureza. C experimenta a fusao de percepgoes sensoriais. D metaforiza a conquista de sua plena realizagao.

E expressa uma visao de mundo mfstica e espiritualizada.

Questão 42

 

Introdução a Alda

Dizem que ninguem mais a ama. Dizem que foi uma boa pessoa. Sua filha de doze anos nao a visita nunca e talvez raramente se lembre dela. Puseram-na numa cidade triste de uniformes azuis e jalecos brancos, de onde nao pode mais sair. La, todos gritam-lhe irritados, mal se aproxima, ou lhe batem, como se faz com sacos de areia para treinar os musculos.

Sei que para todos ela ja nao e, e ninguem lhe daria uma maga cheirosa, bem vermelha. Mas nao e verdade que alguem nao a possa mais amar. Eu amo-a. Amo-a quando a vejo por tras das grades de um palacio, onde se refugiou princesa, chegada pelos caminhos da dor. Quando fora do reino sente o mundo de mil lanças, e selvagem prepara-

-se, posta no olhar. Amo-a quando crianga brinca na areia sem medo. Uns pes descalgos, uma mulher sem intengoes. Cercada de mundo, as vezes sofrendo-o ainda.

CAN<;ADO, M. L. O sofredor do ver. Belo Horizonte: Autentica, 2015.

Ao descrever uma mulher internada em um hospital psiquiatrico, o narrador compoe um quadro que expressa sua percepção

  • ironica quanto aos efeitos do abandono
  • resignada em face dos metodos terapeuticos em
  • alimentada pela imersao lfrica no espago da
  • inspirada pelo universo pouco conhecido da mente
  • demarcada por uma linguagem alinhada a busca da

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LICHTENSTEIN, R. Garota com bola. Oleo sobre tela, 153 cm x 91,9 cm.

Museu de Arte Moderna de Nova York, 1961.

Disponfvel em: www.moma.org. Acesso em: 4 dez. 2018.

A obra, da decada de 1960, pertencente ao movimento artfstico Pop Art, explora a beleza e a sensualidade do corpo feminino em uma situagao de divertimento. Historicamente, a sociedade inventou e continua reinventando o corpo como objeto de intervengoes sociais, buscando atender aos valores e costumes de cada epoca. Na reprodugao desses preceitos, a erotizagao do corpo feminino tem sido constitufda pela

  • realizagao de exercfcios ffsicos sistematicos e
  • utilizagao de medicamentos e produtos
  • educagao do gesto, da vontade e do
  • construgao de espagos para vivencia de praticas
  • promogao de novas experiencias de movimento humano no

 

 

 

 

3

O TATA CONTOU SOBRE O CALUNGA, 0 MAR QUE NÃO ACABA.

 

1

6

4

2

NANA, SE A GENTE BEBER A NSANGA E ENFRENTAR O CALUNGA, PODEMOS FICAR JUNTOS LA NA OUTRA TERRA.

5

...LONGE DISSO TUDO.

LONGE DAQUI...

Questão 43

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

D'SALETE, M. Cumbe. Sao Paulo: Veneta, 2018, p. 10-11 (adaptado).

 

O fragmento faz   uma   referencia   ironica   a   formas de divulgagao e circulagao de informagoes em uma localidade sem imprensa. Ao destacar a confianga da população no sistema da matraca, o narrador associa esse recurso a disseminagao de

  • campanhas
  • anuncios
  • notfcias de apelo
  • informagoes nao
  • servigos de utilidade

Questão 45

No ano em que o maior clarinetista que o Brasil conheceu, Abel Ferreira, faria 100 anos, o choro da mostras de vivacidade. E quase um paradoxo que essa riqufssima manifestagao da genufna alma brasileira seja

 

A sequencia dos quadrinhos conjuga lirismo e violencia ao

  • sugerir a impossibilidade de manutengao dos
  • revelar os corpos marcados pela brutalidade
  • representar o abatimento diante da desumanidade
  • acentuar a    resistencia    identitaria    dos   povos
  • expor os sujeitos alijados de sua ancestralidade pelo

Questão 44

Naquele tempo, Itaguaf, que, como as demais vilas, arraiais e povoagoes da colonia, nao dispunha de imprensa, tinha dois modos de divulgar uma notfcia; ou por meio de cartazes manuscritos e pregados na porta da Camara, e da matriz; - ou por meio de matraca.

Eis em que consistia este segundo uso. Contratava-

-se um homem, por um ou mais dias, para andar as ruas do povoado, com uma matraca na mao. De quando em quando tocava a matraca, reunia-se gente, e ele anunciava o que lhe incumbiam, - um remedio para sezoes, umas terras lavradias, um soneto, um donativo eclesiastico, a melhor tesoura da vila, o mais belo discurso do ano, etc. O sistema tinha inconvenientes para a paz publica; mas era conservado pela grande energia de divulgação que possufa. Por exemplo, um dos vereadores desfrutava a reputagao de perfeito educador de cobras e macacos, e alias nunca domesticara um s6 desses bichos; mas tinha o cuidado de fazer trabalhar a matraca todos os meses. E dizem as cronicas que algumas pessoas afirmavam ter visto cascaveis dangando no peito do vereador; afirmagao perfeitamente falsa, mas s6 devida a absoluta confianga no sistema. Verdade, verdade, nem todas as instituigoes do antigo regímen mereciam o desprezo do nosso seculo.

ASSIS, M. O alienista. Disponfvel em: www.dominiopubico.gov.br.

Acesso em: 2 jun. 2019 (adaptado).

 

forte o suficiente para driblar a falta de incentivos oficiais, a insensibilidade dos meios de comunicação e a amnésia generalizada. "Ele trazia a alma brasileira derramada em sua sonoridade fmpar. Artur da Tavola, seguramente seu maior admirador, foi quem melhor o definiu, 'alma sertaneja, toque mozarteano'". O acervo do musico autodidata nascido na mineira Coromandel, autor de 50 musicas, entre as quais Chorando baixinho (1942), que o consagrou, amigo e parceiro de Pixinguinha, com quem gravou Ingênuo (1958), permanece com os herdeiros a espera de compilagao adequada. O Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro tem a guarda do sax e do clarinete, doados em 1995.

Na avaliagao de Leonor Bianchi, editora da Revista do Choro, "a musica instrumental fica apartada do que e popular porque nao vai a sala de concerto. O publico em geral tem interesse em samba, pagode e axe". Ela atribui essa situagao a falta de conhecimento e a pouca divulgagao do genero nas escolas.

FERRA , A. Disponfvel em: www.cartacapital.com.br.

Acesso em: 22 abr. 2015 (adaptado).

Considerando-se o contexto, o genero e o publico-alvo, os argumentos trazidos pela autora do texto buscam

  • atribuir o desconhecimento da obra de Abel Ferreira ao ensino de musica nas
  • reivindicar mais investimentos estatais para a preservagao do acervo musical
  • destacar a relevancia hist6rica e a riqueza estetica do choro no cenario musical
  • apresentar ao   leitor   dados   biograficos  pouco conhecidos sobre a trajet6ria de Abel
  • constatar a impopularidade do choro diante da preferencia do publico por musicas

 

 

 

INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO

  1. O rascunho da redagao deve ser feito no espago
  2. O texto definitivo deve ser escrito a tinta preta, na folha pr6pria, em ate 30 linhas.
  3. A redagao que apresentar c6pia dos textos da Proposta de Redagao ou do Caderno de Questoes tera o numero de linhas copiadas desconsiderado para a contagem de linhas.
  4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
    • tiver ate 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada "texto insuficiente";
    • fugir ao tema ou que nao atender ao tipo dissertativo-argumentativo;
    • apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto;
    • apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificagao no espago destinado ao

 

TEXTOS MOTIVADORES

 

TEXTO I

Toda sexta-feira, o onibus azul e branco estacionado no patio da Vara da Infancia e da Juventude, na Praga Onze, Centro do Rio, sacoleja com o entra e sai de gente a partir das 9 h. Do lado de fora, nunca menos de 50 pessoas, todas pobres ou muito pobres, quase todas negras, cercam o vefculo, perguntam, sentam e levantam, perguntam de novo e esperam sem reclamar o tempo que for preciso. Adultos, velhos e criangas estao ali para conseguir o que, no Brasil, e oficialmente reconhecido como o primeiro documento da vida - a certidao de nascimento. [...]

Ao longo do discurso desses entrevistados, fica clara a forma como os usuarios se definem: "zero a esquerda", "cachorro", "um nada", "pessoa que nao existe", entre outras, todas sao expressoes que conformam claramente a ideia da pessoa sem registro de nascimento sobre si mesma como uma pessoa sem valor, cuja existencia nunca foi oficialmente reconhecida pelo Estado.

ESCOSSIA, F. M. Invisíveis: uma etnografia sobre identidade, direitos e cidadania nas trajet6rias de brasileiros sem documento. Tese (Doutorado em Hist6ria, Polftica e Bens Culturais). Fundagao Getulio Vargas. Rio de Janeiro, 2019.

 

TEXTO III

A certidão de nascimento é o primeiro e o mais importante documento do cidadao. Com ele, a pessoa existe oficialmente para o Estado e a sociedade. S6 de posse da certidao e possfvel retirar outros documentos civis, como a carteira de trabalho, a carteira de identidade, o tftulo de eleitor e o Cadastro de Pessoa Ffsica (CPF). Além disso, para matricular uma criança na escola e ter acesso a beneffcios sociais, a apresentagao do documento e obrigat6ria.

Disponfvel em: http://www.senado.leg.br/. Acesso em: 21 jul. 2021.

TEXTO IV

 

TEXTO II

A Lei N° 9 534 de 1997 tornou o registro de nascimento gratuito no Brasil. S6 que o problema persiste, mostrando que essa exclusao e complexa e nao se explica apenas pela dificuldade financeira em pagar pelo registro, por exemplo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Disponfvel em: https://www.ufrgs.br/humanista. Acesso em: 26 jul. 2021 (adaptado).

 

 

 

 

 

 

 

 

Disponfvel em: https://estudio.r7.com/. Acesso em: 22 jul. 2021 (adaptado).

 

PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construfdos ao longo de sua formagao, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da lfngua portuguesa sobre o tema "Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso a cidadania no Brasil", apresentando proposta de intervengao que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.

LC - 1° dia I Caderno 1 - A UL - 18 Aplicagao

21

 

 

 

 

 

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

Questões de 46 a 90

Questão 46

Seu turno de trabalho acabou, voce ja esta em casa e e hora do jantar da famflia. Mas, em vez de relaxar, voce começa a pensar na possibilidade de ter recebido alguma mensagem importante no e-mail profissional ou no grupo de WhatsApp da empresa. Imediatamente, voce fica distante. Momentos depois, com alguns toques na tela do celular, voce esta de volta ao ambiente de trabalho. O jantar e a famflia ficaram em segundo plano.

A simples vontade de checar mensagens do trabalho pós-expediente prejudica sua saúde — e a de sua família. Disponfvel em: www.bbc.com. Acesso em: 4 dez. 2018.

O texto indica praticas nas relagoes cotidianas do trabalho que causam para o indivfduo a

  • protegao da vida
  • ampliagao de atividades extras. C elevagao de etapas burocraticas. D diversificagao do lazer

E desobrigagao de afazeres domesticos.

Questão 47

Quando a taxa de remuneragao do capital excede substancialmente a taxa de crescimento da economia, pela l6gica, a riqueza herdada aumenta mais rapido do que a renda e a produgao. Entao, basta aos herdeiros poupar uma parte limitada da renda de seu capital para que ele cresga mais rapido do que a economia como um todo. Sob essas condigoes, e quase inevitavel que a riqueza herdada supere a riqueza constitufda durante uma vida de trabalho, e que a concentragao do capital atinja nfveis muito altos.

PIKETTY, T. O capital no século XXI. Rio de Janeiro: Intrfnseca, 2014 (adaptado).

Considerando os princfpios que legitimam as democracias liberais, a l6gica economica descrita no texto enfraquece o(a)

A  ideologia do merito. B direito de nascimento. C eficacia da legislagao.

  • ganho das
  • eficiencia dos

Questão 48

Atualmente, o Programa de Melhoramento "Uvas do Brasil" utiliza metodos classicos de melhoramento, como selegao massal, selegao clonal e hibridagoes. Agoes de ajuste de manejo de selegoes avangadas vem sendo desenvolvidas paralelamente ao Programa de Melhoramento, no sentido de viabilizagao desses materiais. Ao longo dos seus 40 anos, uma grande equipe tecnica trabalhou para executar projetos de pesquisa para

 

atender as necessidades e as demandas de diferentes atores da vitivinicultura nacional, incluindo produtores de uvas de mesa para exportagao do semiarido nordestino, viticultores interessados em produzir sucos em regioes tropicais ou pequenos produtores familiares da regiao da Serra Gaucha, interessados em melhorar a qualidade do vinho artesanal que produzem.

Programa de Melhoramento Genético “Uvas do Brasil”. Disponfvel em: www.embrapa.br.

Acesso em: 24 nov. 2018 (adaptado).

Para melhorar a produgao agrfcola nas regioes mencionadas, as tecnicas referidas no texto buscaram adaptar o cultivo aos(as)

  • especies nativas
  • cadeias economicas C estruturas fundiarias tradicionais. D elementos ambientais singulares. E mercados consumidores internos.

Questão 49

TEXTO I

Portadoras de mensagem espiritual  do  passado, as obras monumentais de cada povo perduram no presente como o testemunho vivo de suas tradigoes seculares. A humanidade, cada vez mais consciente da unidade dos valores humanos, as considera um bem comum e, perante as geragoes futuras, se reconhece solidariamente responsavel por preserva-las, impondo a si mesma o dever de transmiti-las na plenitude de sua autenticidade.

Carta de Veneza, 31 de maio de 1964. Disponfvel em: www.iphan.gov.br.

Acesso em: 7 out. 2019.

TEXTO II

Os sistemas tradicionais de proteção se mostram cada vez menos eficientes diante do processo acelerado de urbanizagao e transformagao de nossa sociedade. A legislação de proteção peca por considerar o monumento, até certo ponto, desvinculado da realidade socioeconomica. O tombamento, ao decretar a imutabilidade do monumento, provoca a redução de seu valor venal e o abandono, o que é uma causa, ainda que lenta, de destruigao inevitavel.

TELLES, L. S. Manual do patrimônio histórico. Porto Alegre; Caxias do Sul: Escola Superior de Teologia Sao Lourengo de Brindes, 1977 (adaptado).

Escritos em temporalidade hist6rica aproximada, os textos se distanciam ao apresentarem pontos de vista diferentes sobre a(s)

A ampliagao do comercio de imagens sacras. B substituigao de materiais de valor artfstico. C polfticas de conservagao de bens culturais.

  • defesa da privatizagao de sftios
  • medidas de salvaguarda de pegas

 

 

 

 

Questão 50 TEXTO I

Em 2016, foram gerados 44,7 milhoes de toneladas de resfduos eletronicos, um aumento de 8% na comparagao com 2014. Especialistas previram um crescimento de mais 17%, para 52,2 milhoes de toneladas, ate 2021.

Disponfvel em: https://nacoesunidas.org. Acesso em: 12 out. 2019 (adaptado).

TEXTO II

Ha ainda quem exporte deliberadamente lixo eletronico para o Gana. E mais caro reciclar devidamente os resfduos no mundo industrializado, onde ate existem os recursos e a tecnologia. Um neg6cio muito mais lucrativo e vender o lixo eletronico a negociantes locais, que o importam alegando tratar-se de material usado. Os negociantes depois vendem o lixo aos jovens no mercado, ou noutro lado, que o desmantelam e extraem os fios de cobre. Estes são derretidos em lareiras ao ar livre, poluindo o ar e, muitas vezes, intoxicando diretamente os pr6prios jovens.

KALED I, I.; SOU A, G. Disponfvel em: www.dw.com. Acesso em: 12 out. 2019 (adaptado).

No contexto das discussoes ambientais, as praticas descritas nos textos refletem um padrao de relagoes derivado do(a):

  • Exercfcio pleno da
  • Divisao internacional do
  • Gestao empresarial do
  • Concepgao sustentavel da
  • Protecionismo alfandegario dos

Questão 51

Pregos justos e autorizagoes de uso da agua devem garantir de forma adequada que a retirada de agua, bem como o retorno de efluentes, mantenham operagoes eficientes e ambientalmente  sustentaveis, de maneira  que  sejam  adaptaveis  as  peculiaridades e necessidades da industria e da irrigagao em larga escala, bem como as atividades da agricultura em pequena escala e de subsistencia.

UNESCO. Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos. Agua para um mundo sustentavel. Unesco, 2015.

Considerando o debate sobre seguranga hfdrica, a proposta apresentada no texto esta pautada no(a)

A distribuigao equitativa do abastecimento. B monitoramento do fornecimento urbano. C racionamento da capacidade fluvial.

D revitalizagao gradativa de solos. E geragao de produtos reciclaveis. Questão 52

Durante os anos de 1854-55, o governo brasileiro - por meio de sua representagao diplomatica em Londres

  • e os livre-cambistas ingleses - nas colunas do Daily News e na Camara dos Comuns - aumentaram a pressao pela revogagao da Lei Aberdeen. O governo britanico, entretanto, ainda receava que, sem um tratado anglo-

-brasileiro satisfat6rio para substituf-la, nao haveria nada que impedisse os brasileiros de um dia voltarem aos seus velhos habitos.

BETHELL, L. A abolição do comércio brasileiro de escravos.

Brasflia: Senado Federal, 2002 (adaptado).

 

As tensões diplomaticas expressas no texto indicam o interesse britânico em

A estabelecer jurisdigao conciliadora. B   compartilhar neg6cios marftimos. C fomentar polfticas higienistas.

  • manter a proibigao
  • promover o neg6cio

Questão 53

Famoso por ser o encantador de viuvas da cidade de Cabaceiras, na Parafba, e de Sila e um contador de hist6rias parecido com o personagem Chic6, do Auto da Compadecida. Ele defende veementemente que a oragao da av6 sustentava mais a chuva. "Quando era pequeno e chovia por aqui, ajudava minha av6 colocando os pratos emborcados no terreiro para diminuir o vento. Ela fazia isso e rezava para a chuva durar mais", diz e de Sila.

GALDINO, V.; BARBOSA, R. C. Artistas por um dia?

Joao Pessoa: Editora Universitaria, 2009.

 

Ao destacar expressoes e vivencias populares do cotidiano, o texto mobiliza os seguintes aspectos da diversidade regional:

A  Aliangas afetivas conectadas ao ritual matrimonial. B Praticas mfsticas associadas ao patrimonio cultural. C Manifestagoes teatrais atreladas ao imaginario polftico.

  • Narrativas fflmicas relacionadas as intemperies
  • Argumentagoes literarias interligadas as catastrofes

Questão 54

O uso de novas tecnologias envolve a assimilação de uma cultura empresarial na qual haja a integragao entre as propostas de modernizagao tecnol6gica e a racionalizagao. Nem sempre o uso de novas tecnologias é apenas um processo técnico na medida em que pressupõe uma nova orientação no controle do capital, no processo produtivo e na qualificagao da mao de obra. Dos diversos efeitos que derivaram dessa orientagao, a terceirizagao, a precarizagao e a flexibilizagao aparecem com constancia como caracterfsticas do paradigma flexfvel, em substituigao ao modelo taylorista-fordista.

HEREDIA, V. Novas tecnologias nos processos de trabalho: efeitos da reestruturagao produtiva. Scripta Nova, n. 170, ago. 2004 (adaptado).

O uso de novas tecnologias relacionado ao controle empresarial e criticado no texto em razao da

A operacionalizagao  da  tarefa  laboral. B  capacitagao de profissionais liberais. C fragilizagao das relagoes de trabalho. D hierarquizagao dos cargos executivos.

E aplicagao dos conhecimentos da ciencia.

 

 

 

 

Questão 55

A categoria de refugiado carrega em si as nogoes de transitoriedade,  provisoriedade  e  temporalidade. Os refugiados situam-se entre o pafs de origem e o pafs de destino. Ao transitarem entre os dois universos, ocupam posigao marginal, tanto em termos identitarios

  • assentada na falta de pertencimento pleno enquanto membros da comunidade receptora e nos vfnculos introjetados por c6digos partilhados com a comunidade de origem - quanto em termos jurfdicos, ao deixarem de exercitar, ao menos em carater temporario, o status de cidadaos no pafs de origem e portar o status de refugiados no pafs

MOREIRA, J. B. Refugiados no Brasil: reflexoes acerca do processo de integragao local.

REMHU, n. 43, jul.-dez. 2014 (adaptado).

A condigao de transitoriedade dos refugiados no Brasil, conforme abordada no texto, e provocada pela associagao entre

  • ascensao social e burocracia
  • miscigenagao etnica e limites
  • desqualificagao profissional e agao policial. D instabilidade financeira e crises economicas. E desenraizamento cultural e inseguranga

Questão 56

Mulheres naturalistas raramente figuraram na corrida por conhecer terras ex6ticas. No seculo XIX, mulheres como Lady Charlotte Canning eventualmente coletavam espécimes botânicos, mas  quase  sempre  no  papel de esposas coloniais, viajando para locais onde seus maridos as levavam e nao em busca de seus pr6prios projetos cientfficos.

SOMBRIO, M. M. O. Em busca pelo campo - Mulheres em expedigoes cientfficas no Brasil em meados do seculo XX. Cadernos Pagu, n. 48, 2016.

No contexto do seculo XIX, a relagao das mulheres com o campo cientffico, descrita no texto, e representativa da

A  afirmagao da igualdade de genero. B transformagao dos espagos de lazer. C superagao do pensamento patriarcal.

  • incorporagao das estratificagoes
  • substituigao das atividades

Questão 57

Nos setores mais altamente desenvolvidos da sociedade contemporânea, o transplante de necessidades sociais para individuais e de tal modo eficaz que a diferenga entre elas parece puramente te6rica. As criaturas se reconhecem em suas mercadorias; encontram sua alma em seu autom6vel, casa em patamares, utensflios de cozinha.

MARCUSE, H. A ideologia da sociedade industrial: o homem unidimensional.

Rio de Janeiro: ahar, 1979.

O texto indica que, no capitalismo, a satisfagao dos desejos pessoais e influenciada por

  • polfticas estatais de
  • incentivos controlados de
  • prescrigoes coletivas de D mecanismos subjetivos de identificagao. E repressoes racionalizadas do narcisismo.

 

Questão 58

A vida das pessoas se modifica com a mesma rapidez com que se reproduz a cidade. O lugar da festa, do encontro quase desaparecem; o numero de brincadeiras infantis nas ruas diminui - as criangas quase nao sao vistas; os pedaços da cidade são vendidos, no mercado, como mercadorias; arvores sao destrufdas, pragas transformadas em concreto. Por outro lado, os habitantes parecem perder na cidade suas pr6prias referencias. A imagem de uma grande cidade hoje e tao mutante que se assemelha a de um grande guindaste, alias, a presenga maciga destes, das britadeiras, das betoneiras nos dão o limite do processo de transformagao diaria ao qual esta submetida a cidade.

CARLOS, A. F. A. A cidade. Sao Paulo: Contexto, 2011 (adaptado).

No contexto das grandes cidades brasileiras, a situagao apresentada no texto vem ocorrendo como consequencia da

A  manutengao dos modos de convfvio social. B preservagao da essencia do espago publico. C ampliagao das normas de controle ambiental.

  • flexibilizagao das regras de participagao
  • alteragao da organizagao da paisagem

Questão 59

No semiarido brasileiro, o sertanejo desenvolveu uma acuidade detalhada para a observagao dos fenomenos, ao longo dos tempos, presenciados na natureza, em especial para a previsao do tempo e do clima, utilizando como referencia   a   posigao   dos   astros,   constelagao e nuvens. Conforme os   sertanejos,   a   estagao   vai ser chuvosa quando a primeira lua cheia de janeiro "sair vermelha, por detras de uma barra de nuvens", mas "se surgir prateada, e sinal de seca".

MAIA, D.; MAIA, A. C. A utilizagao dos ditos populares e da observagao do tempo para a climatologia escolar no ensino fundamental II. GeoTextos, n. 1, jul. 2010 (adaptado).

O texto expoe a produgao de um conhecimento que se constitui pela

  • tecnica
  • experiencia
  • negagao das
  • padronizagao das
  • uniformizagao das

Questão 60

Voces que fazem parte dessa massa Que passa nos projetos do futuro

E duro tanto ter que caminhar

E dar muito mais do que receber E, o, o, vida de gado

Povo marcado E, povo feliz!

 E RAMALHO. A peleja do diabo com o dono do céu. Rio de Janeiro: Sony, 1979 (fragmento).

Qual comportamento coletivo e criticado no trecho da letra da canção lançada em 1979?

A  Militancia polftica. B Passividade social. C Altrufsmo religioso. D Autocontrole moral.

E Inconformismo eleitoral.

 

 

 

 

Questão 61

Desde 2009, a area portuaria carioca vem sofrendo grandes transformagoes realizadas no escopo da operagao urbana consorciada conhecida como Porto Maravilha. Parte importante na tentativa de tornar o Rio de Janeiro um polo de servigos internacional, a "revitalizagao" urbana deveria deixar para tras uma paisagem geografica que ainda recordava a cidade do infcio do seculo passado para abrir espago, em seu lugar, a instalagao de modernas torres comerciais, espagos de consumo e lazer ineditos e cerca de cem mil novos moradores, uma nova configuragao socioespacial capaz de algar a area portuaria do Rio de Janeiro ao patamar dos waterfronts de Baltimore, Barcelona e Buenos Aires.

LACERDA, L.; WERNECK, M.; RIBEIRO, B. Cortigos de hoje na cidade do amanha.

E-metropolis, n. 30, set. 2017.

As intervenções urbanas descritas derivam de um processo socioespacial que busca a

A intensificagao da participagao na competitividade global. B  contengao da especulagao no mercado imobiliario. C democratizagao da habitagao popular.

  • valorizagao das fungoes
  • priorizagao da gestao

Questão 62

Constatou-se uma fnfima insergao da industria brasileira nas novas tecnologias ancoradas na microeletronica, capazes de acarretar elevagao da produtividade nacional de forma sustentada. Os motores do crescimento nacional, ha decadas, sao os grupos relacionados a commodities agroindustriais e a industria representativa do antigo padrao fordista de produgao, esta ultima tambem limitada pela baixa potencialidade futura de desencadear inovagoes tecnol6gicas capazes de proporcionar elevagao sustentada da produtividade.

AREND, M. A industrialização do Brasil ante a nova divisão internacional do trabalho. Disponfvel em: www.ipea.gov.br. Acesso em: 16 jul. 2015 (adaptado).

Um efeito desse cenario para a sociedade brasileira tem sido o(a)

A barateamento  da  cesta  basica. B retorno a estatizagao economica. C ampliagao do poder de consumo. D subordinagao aos fluxos globais.

E incentivo a polftica de modernizagao.

Questão 63

As atividades mineradoras tem  criado  conflitos com extrativistas, quilombolas, pequenos agricultores, ribeirinhos, pescadores artesanais e povos indfgenas. Em geral, estes sujeitos tem encontrado grande dificuldade de reproduzir suas dinamicas territoriais depois da instalação da atividade mineradora, nem

 

sempre com reconhecimento do impacto ao seu territ6rio pelo Estado e pela empresa, ficando sem qualquer tipo de compensagao economica. Em outros casos, nem a compensagao economica tem sido capaz de evitar o esgarçamento das relações sociais destes grupos que sofrem com a reconstrugao abrupta das suas identidades e de suas dinamicas territoriais.

PALHETA, J. M. et al. Conflitos pelo uso do territ6rio na Amazonia mineral.

Mercator, n. 16, 2017.

O texto apresenta uma relagao entre atividade economica e organizagao social marcada pelo(a)

  • escassez de incentivo
  • rompimento de vfnculos
  • carencia de investimento
  • estabelecimento de praticas
  • enriquecimento das comunidades

Questão 64

Por maioria, n6s nao entendemos uma quantidade relativa maior, mas a determinação de um estado ou de um padrão em relação ao qual tanto as quantidades maiores quanto as menores serao ditas minoritarias. Maioria supoe um estado de dominagao. E nesse sentido que as mulheres, as criangas e tambem os animais sao minoritarios.

DELEU E, G.; GUATTARI, F. Mil platôs. Sao Paulo: Editora 34, 2012 (adaptado).

No texto, a caracterizagao de uma minoria decorre da existencia de

A  ameagas  de  extingao  social. B polfticas de incentivos estatais. C relagoes de natureza arbitraria.

  • valoragoes de conexoes
  • hierarquizagoes de origem

Questão 65

Ao mesmo tempo, gragas as amplas possibilidades que tive de observar a classe media, vossa adversaria, rapidamente concluf que v6s tendes razao, inteira razao, em nao esperar dela qualquer ajuda. Seus interesses são diametralmente opostos aos vossos, mesmo que ela procure incessantemente afirmar o contrario e vos queira persuadir que sente a maior simpatia por vossa sorte. Mas seus atos desmentem suas palavras.

ENGELS, F. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. Sao Paulo: Boitempo, 2010.

 

No texto, o autor apresenta delineamentos eticos que correspondem ao(s)

  • conceito de luta de
  • alicerce da ideia de mais-valia.
  • fundamentos do metodo
  • paradigmas do processo
  • domfnios do fetichismo da

 

 

 

 

Questão 66

Houve crescimento de 74% da populagao brasileira encarcerada entre 2005 e 2012. As analises possibilitaram identificar o perfil da populagao que esta nas prisoes do pafs: homens, jovens (abaixo de 29 anos), negros, com ensino fundamental incompleto, acusados de crimes patrimoniais e, no caso dos presos adultos, condenados e cumprindo regime fechado e, majoritariamente, com penas de quatro ate oito anos.

BRASIL. Mapa do encarceramento: os jovens do Brasil. Brasflia: Presidencia da Republica, 2015.

Nesse contexto, as polfticas publicas para minimizar a problematica descrita devem privilegiar a

A flexibilizagao do C6digo Civil. B promogao da inclusao social. C redugao da maioridade penal.

  • contengao da corrupgao
  • expansao do perfodo de

Questão 67

Nem  guerras,  nem  revoltas.  Os  incendios  eram o mais frequente tormento da vida urbana no Regnum Italicum. Entre 880 e 1080, as cidades estiveram constantemente entregues ao apetite das chamas. A certa altura, a documentagao parece vencer pela insistencia do vocabulario, levando ate o leitor mais crftico a cogitar que os medievais tinham razao ao tratar aqueles acontecimentos como castigos que antecediam o julgamento final. Como um quinto cavaleiro apocalfptico, o incendio agia ao feitio da peste ou da fome: vagando mundo afora, retornava de tempos em tempos e expurgava justos e pecadores num tormento derradeiro, como insistiam os textos do seculo X. O impacto acarretado sobre as relagoes sociais era imediato e prolongava-se para além da destruição material. As medidas proclamadas pelas autoridades faziam mais do que reparar os danos e reconstruir a paisagem: elas convertiam a devastação em uma ocasião para alterar e expandir nao s6 a topografia urbana, mas as praticas sociais ate entao vigentes.

RUST, L. D. Uma calamidade insaciavel. Rev. Bras. Hist.,

  1. 72, maio-ago. 2016 (adaptado).

De acordo com o texto, a catastrofe descrita impactava as sociedades medievais por proporcionar a

  • correção dos métodos preventivos e das regras
  • revelagao do descaso publico e das degradagoes
  • transformagao do imaginario popular e das crengas
  • remodelagao dos    sistemas    polfticos   e    das administragoes
  • reconfiguragao dos espagos ocupados e das dinamicas

 

Questão 68

O protagonismo indfgena vem optando por uma estrategia de "des-invisibilizagao", valendo-se da dinamica das novas tecnologias. Em outubro de 2012, ap6s receberem uma liminar lhes negando o direito a permanecer em suas terras, os Guarani de Pyelito Kue divulgaram uma carta na qual se dispunham a morrer, mas nao a sair de suas terras. Esse fato foi amplamente divulgado, gerando uma grande mobilizagao na internet, que levou milhares de pessoas a escolherem seu lado, divulgando a hashtag  "#somostodosGuarani-Kaiowa" ou acrescentando o sobrenome Guarani-Kaiowa a seus nomes nos perfis das principais redes sociais.

CAPIBERIBE, A.; BONILLA, O. A ocupagao do Congresso: contra o que lutam os fndios? Estudos Avançados, n. 83, 2015 (adaptado).

A estrategia comunicativa adotada pelos indfgenas, no contexto em pauta, teve por efeito

  • enfraquecer as formas de militancia
  • abalar a identidade de povos tradicionais. C inserir as comunidades no mercado D distanciar os grupos de culturas locais.

E angariar o apoio de segmentos etnicos externos.

Questão 69

O governo Vargas, principalmente durante o Estado Novo (1937-1945), pretendeu construir um Estado capaz de criar uma nova sociedade. Uma dimensao-chave desse projeto tinha no territ6rio seu foco principal. Nao por acaso, foram criadas entao instituigoes encarregadas de fornecer dados confiaveis para a agao do governo, como o Conselho Nacional de Geografia, o Conselho Nacional de Cartografia, o Conselho Nacional de Estatfstica e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatfstica (IBGE), este de 1938.

LIPPI, L. A conquista do Oeste. Disponfvel em: http://cpdoc.fgv.br.

Acesso em: 7 nov. 2014 (adaptado).

A criagao dessas instituigoes pelo governo Vargas representava uma estrategia polftica de

  • levantar informagoes para a preservagao da paisagem dos
  • controlar o crescimento exponencial da populagao
  • obter conhecimento cientffico das diversidades
  • conter o fluxo migrat6rio do campo para a
  • propor a criagao de novas unidades da

 

 

 

 

Questão 70

Foram esses cientistas Xavante que esclareceram os misterios da germinagao de cada uma das sementes. Eles tinham o conhecimento para quebrar a dormencia. O fogo era fundamental para muitas; para outras, o caminho para despertar passava pelo sistema digestivo dos animais silvestres. "Essa planta nasce depois que fazemos a cagada com fogo, diziam eles, esta outra quando a anta caga a semente, aquela precisa ser comida pelo lobo". Aliando os conhecimentos dos cientistas da aldeia e da cidade, essa area do Cerrado foi recuperada totalmente.

PAPPIANI, A. Tecnologias indígenas: esplendor e captura.

Disponfvel em: https://outraspalavras.net. Acesso em: 10 out. 2019 (adaptado).

No texto, a relagao socioespacial dos indfgenas evidencia a importancia do(a)

  • pratica agrfcola para a logfstica
  • cultivo de hortaligas para o consumo
  • saber tradicional para a conservagao ambiental. D criagao de gado para o aprimoramento E reflorestamento comercial para a produgao organica.

Questão 71

Desde os prim6rdios da formagao da crosta terrestre ate os dias de hoje, as rochas formadas vem sendo continuamente destrufdas. Os produtos resultantes da destruigao das rochas sao transportados pela agua, vento e gelo a toda superffcie terrestre, acionados pelo calor e pela gravidade. Cessada a energia transportadora, sao depositados nas regioes mais baixas da crosta, podendo formar pacotes rochosos.

LEIN , V. Geologia geral. Sao Paulo: Editora Nacional, 1989.

As transformagoes na superffcie terrestre, conforme descritas no texto, compoem o seguinte processo geomorfol6gico:

  • Ciclo
  • Instabilidade
  • Intemperismo D Derramamento basaltico. E Compactagao superficial.

Questão 72

A participagao social no planejamento e na gestao urbanos ganhou impulso a partir do Estatuto da Cidade (Lei n. 10.257/2001), que estabeleceu condigoes para elaboração de planos diretores participativos, instrumentos esses indutores da expansao urbana e do ordenamento territorial que, a princfpio, devem buscar representar os interesses dos diversos segmentos da sociedade. No entanto, e not6rio o limite a representagao dos interesses das camadas sociais menos favorecidas nesse processo. Este rumo deve ser corrigido e deve-se continuar buscando mecanismos de inclusão dos interesses de toda a sociedade.

Caderno Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS n. 11: tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes

e sustentaveis. Brasflia: Ipea, 2019.

 

Qual medida promove a participação social descrita no texto?

  • Redugao dos impostos
  • Privatizagao dos espagos
  • Adensamento das areas de
  • Valorizagao dos condomfnios
  • Fortalecimento das associagoes de

Questão 73

Quando Getulio Vargas se suicidou, em agosto de 1954, o pafs parecia a beira do caos. Acuado por uma grave crise polftica, o velho lfder preferiu uma bala no peito a humilhagao de aceitar uma nova deposigao, como a que sofrera em outubro de 1945. Entretanto, ao contrario do que imaginavam os inimigos, ao rufdo do estampido nao se seguiu o silencio que cerca a derrota.

REIS FILHO, D. A. O Estado a sombra de Vargas.

Revista Nossa História, n. 7, maio 2004.

 

O evento analisado no texto teve como repercussao imediata na polftica nacional a

  • reagao
  • intervengao
  • abertura
  • campanha
  • radicalizagao

Questão 74

Eu, Dom Joao, pela graga de Deus, fago saber a V. Merce que me aprouve banir para essa cidade varios ciganos - homens, mulheres e criangas - devido ao seu escandaloso procedimento neste reino. Tiveram ordem de seguir em diversos navios destinados a esse porto, e, tendo eu proibido, por lei recente, o uso da sua lfngua habitual, ordeno a V. Merce que cumpra essa lei sob ameaça de penalidades, não permitindo que ensinem dita lfngua a seus filhos, de maneira que daqui por diante o seu uso desaparega.

TEIXEIRA, R. C. História dos ciganos no Brasil. Recife: Nucleo de Estudos Ciganos, 2008.

 

A ordem emanada da Coroa portuguesa para sua colonia americana, em 1718, apresentava um tratamento da identidade cultural pautado em

  • converter grupos infieis a religiao
  • suprimir formas divergentes de interagao
  • evitar envolvimento estrangeiro na economia
  • reprimir indivfduos engajados em revoltas
  • controlar manifestagoes artfsticas de comunidades

 

 

 

 

Questão 75

De um lado, ancorados pela pratica medica europeia, por outro, pela terapeutica indfgena, com seu amplo uso da flora nativa, os jesuftas foram os reais iniciadores do exercfcio de uma medicina hfbrida que se tornou marca do Brasil colonial. Alguns religiosos vinham de Portugal ja versados nas artes de curar, mas a maioria aprendeu na pratica diaria as fungoes que deveriam ser atribufdas a um ffsico, cirurgiao, barbeiro ou boticario.

GURGEL, C. Doenças e curas: o Brasil nos primeiros seculos.

Sao Paulo: Contexto, 2010 (adaptado).

Conforme o texto, o que caracteriza a construgao da pratica medicinal descrita e a

  • adogao de rituais
  • rejeigao dos dogmas
  • superagao da tradigao
  • imposigao da farmacologia
  • conjugagao de saberes

Questão 76

Desde o seculo XII que a cristandade ocidental era agitada pelo desafio langado pela cultura profana - a dos romances de cavalaria, mas tambem a cultura folcl6rica

 

Os pontos de vista dos historiadores referidos no texto são divergentes em relação ao

  • papel desempenhado pelas instituigoes de ensino na criagao das multiplas
  • controle exercido pelos grupos de imprensa na centralizagao das esferas
  • abandono sofrido pelas comunidades de docentes na concepgao de coletividades
  • lugar ocupado pelas associagoes de academicos no fortalecimento das agremiagoes
  • protagonismo assumido pelos meios de comunicação no desenvolvimento das nagoes

Questão 78 TEXTO I

Macaulay enfatizou o glorioso acontecimento representado pela luta do Parlamento contra Carlos I em prol da liberdade polftica e religiosa do povo ingles; significou o primeiro confronto entre a liberdade e a tirania real, primeiro combate em favor do Iluminismo e do Liberalismo.

 

dos camponeses e igualmente a dos citadinos, de carater mais jurfdico - a cultura eclesiastica, cujo vefculo era o

 

TEXTO II

 

ARRUDA, J. J. A. Perspectivas da Revolugao Inglesa.

Rev. Bras. Hist., n. 7, 1984 (adaptado).

 

latim. Francisco de Assis veio alterar a situagao, propondo aos seus ouvintes uma mensagem acessfvel a todos e, simultaneamente, enobrecendo a lfngua vulgar atraves do seu uso na religiao.

VAUCHE , A. A espiritualidade da Idade Média Ocidental, séc. VIII-XIII.

Lisboa: Estampa, 1995.

O comportamento desse religioso demonstra uma preocupagao com as caracterfsticas assumidas pela Igreja e com as desigualdades sociais compartilhada no seu tempo pelos(as)

  • senhores
  • movimentos
  • integrantes das
  • corporagoes de
  • universidades

Questão 77

Por que o Brasil continuou um só enquanto a América espanhola se dividiu em vários países?

Para o historiador brasileiro Jose Murilo de Carvalho, no Brasil, parte da sociedade era muito mais coesa ideologicamente do que a espanhola. Carvalho argumenta que isso se deveu a tradigao burocratica portuguesa. “Portugal nunca permitiu a criação de universidades em sua colonia". Por outro lado, na America espanhola, entre 1772 e 1872, 150 mil estudantes se formaram em universidades locais. Para o historiador mexicano Alfredo Avila Rueda, as universidades na America espanhola eram, em sua maioria, reacionarias. Nesse sentido, o historiador mexicano diz acreditar que a livre circulagao de impressos (jornais, livros e panfletos) na America espanhola, que nao era permitida na America portuguesa (a proibigao s6 foi revertida em 1808), teve fungao muito mais importante na construgao de regionalismos do que propriamente as universidades.

BARRUCHO, L. Disponfvel em: www.bbc.com. Acesso em: 8 set. 2019 (adaptado).

 

A Revolugao Inglesa, como todas as revolugoes, foi causada pela ruptura da velha sociedade, e nao pelos desejos da velha burguesia. Na decada de 1640, camponeses se revoltaram contra os cercamentos, tecelões contra a miséria resultante da depressão e os crentes contra o Anticristo a fim de instalar o reino de Cristo na Terra.

HILL, C. Uma revolugao burguesa? Rev. Bras. Hist., n. 7, 1984 (adaptado).

A concepgao da Revolugao Inglesa apresentada no Texto II diferencia-se da do Texto I ao destacar a existencia de

A pluralidade  das  demandas  sociais. B homogeneidade das lutas religiosas. C unicidade das abordagens hist6ricas.

  • superficialidade dos interesses
  • superioridade dos aspectos

Questão 79

As grandes empresas seriam, certamente, representagao de um exercfcio de poder, ante o grau de autonomia de agao de que dispoem. O que se pretende salientar é a ideia de enclave: plantas industriais que estabelecem relações escassas com o entorno, mas exercem grande influencia na economia extralocal.

DAVIDOVICH, F. Estado do Rio de Janeiro: o urbano metropolitano.

Hip6teses e questoes. GeoUERJ, n. 21, 2010.

Que tipo de agao tomada por empresas reflete a forma de territorializagao da produgao industrial apresentada no texto?

  • Criagao de vilas
  • Promogao de eventos C Recuperagao de areas degradadas. D Incorporagao de saberes tradicionais. E Importagao de mao de obra qualificada.

 

 

 

 

Questão 80

Numa sociedade em transigao, a marcha da mudanga, em diferentes graus, esta impressa em todos os aspectos da ordem social, especialmente no jogo polftico, que nessas sociedades sempre apresenta padroes caracterfsticos de ambivalencia, cujas rafzes sociais se encontram na coexistencia de dois padroes de estrutura social: o padrao tradicional, em declfnio, e o novo, emergente, em expansao. Em tais situagoes, e possfvel encontrar, simultaneamente, apoio para uma orientagao polftica ou para outra que seja exatamente o seu oposto. O padrao ambivalente do processo polftico, nas sociedades em desenvolvimento, e o que explica um dos seus traços  mais  salientes,  e  que  consiste na tendencia ao adiamento das grandes decisoes. Resulta daf que a inercia polftica ou a  convulsao polftica podem se suceder uma a outra em perfodos surpreendentemente curtos.

PINTO, L. A. C. Sociologia e desenvolvimento. Rio de Janeiro:

Civilizagao Brasileira, 1975 (adaptado).

 

De acordo com a perspectiva apresentada, central no pensamento social brasileiro dos anos 1950 e 1960, o desenvolvimento do pafs foi marcado por

  • radicalidade nas agendas de reforma das elites
  • anomalias na execugao dos planos economicos
  • descompassos na     construção    de     quadros institucionais
  • ilegitimidade na    atuação   dos   movimentos   de representagao
  • vagarosidade na dinamica de aperfeigoamento dos programas

Questão 81

Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova — 1932

A Educagao Nova, alargando a sua finalidade para alem dos limites das classes, assume, com uma feigao mais humana, a sua verdadeira fungao social, preparando-

-se para formar "a hierarquia democratica" pela "hierarquia das capacidades”, recrutadas em todos os grupos sociais, a que se abrem as mesmas oportunidades de educagao. Ela tem, por objeto, organizar e desenvolver os meios de agao duravel com o fim de "dirigir os desenvolvimentos natural e integral do ser humano em cada uma das etapas de seu crescimento”, de acordo com uma certa concepção do mundo.

 

Questão 82

S6crates: "Quem nao sabe o que uma coisa e, como poderia saber de que tipo de coisa ela é? Ou te parece ser possfvel alguem que nao conhece absolutamente quem e Menon, esse alguem saber se ele e belo, se e rico e ainda se e nobre? Parece-te ser isso possfvel? Assim, Menon, que coisa afirmas ser a virtude?".

PLATAO. Mênon. Rio de Janeiro: PUC-Rio; Sao Paulo: Loyola, 2001 (adaptado).

A atitude apresentada na interlocugao do fil6sofo com Menon e um exemplo da utilizagao do(a)

A  escrita epistolar. B metodo dialetico. C linguagem tragica.

  • explicagao
  • suspensao

Questão 83

No seio de diversos povos africanos, nomeadamente no antigo Reino do Congo, existem testemunhos graficos de que a escrita tomava varias formas. Exemplo disso sao as tampas de panela esculpidas em baixo-relevo do povo Woyo (regiao de Cabinda), com cenas e proverbios do cotidiano, desenhos na terra ou areia, imagens gravadas ou inscritas nos bastoes de chefe ou em pedras sagradas, mas, sobretudo, movimentos do corpo humano inscritos num gestual familiar. Entre os Woyo existia o costume de os pais oferecerem aos filhos testos ou tampas de panelas entalhados, transmitindo uma especie de recado, com signos codificados que traduziam orientagoes para conseguir uma boa relagao conjugal, ter sensatez na escolha do conjuge e estar alerta para as dificuldades do casamento.

RODRIGUES, M. R. A. M.; TAVARES, A. C. P. Singularidades museol6gicas de uma tabua com esculturas em dialogo: do alambamento ao casamento em Cabinda (Angola). Anais do Museu Paulista, n. 2, maio-ago. 2017 (adaptado).

Para o povo Woyo, os artefatos culturais mencionados no texto cumprem a fungao de uma

  • pedagogia dos costumes
  • imposigao das formas de
  • desvalorizagao dos comportamentos da
  • destituigao dos valores do
  • etnografia das celebragoes

 

 

Disponfvel em: www.histedbr.fe.unicamp.br. Acesso em: 7 out. 2015.

Os autores do manifesto citado procuravam contrapor-

-se ao carater oligarquico da sociedade brasileira. Nesse sentido, o trecho propoe uma relagao necessaria entre

  • ensino tecnico e mercado de
  • acesso a escola e valorizagao do
  • ampliagao de vagas e formagao de
  • disponibilidade de financiamento e pesquisa
  • remuneragao de professores e extingao do

 

 

 

 

Questão 84

O torem dependia de organizagao familiar, sendo brincado por  pessoas  com  vfnculos  de  parentesco e afinidade que viviam no local. Era visto como uma brincadeira, um entretenimento feito para os pr6prios participantes  e seus conhecidos.  O tempo do caju era o pretexto para sua realizagao, sendo chamadas varias pessoas da regiao a fim de tomar mocoror6, bebida fermentada do caju.

VALLE, C. G. O. Torem/Tore: tradigoes e invengao no quadro de multiplicidade etnica do Ceara contemporaneo. In: GRONEWALD, R. A. (Org.). Toré: regime encantado dos fndios do Nordeste. Recife: Fundaj-Massangana, 2005.

O ritual mencionado no texto atribui a manifestagao cultural de grupos indfgenas do Nordeste brasileiro a fungao de

  • celebrar a hist6ria
  • estimular a coesao
  • superar a atividade
  • manipular a mem6ria
  • modernizar o comercio

Questão 85

ac outar.

No dia 8 de Outubro do anno proximo passado fugio da fazenda do Bom Retiro, pro- priedade do dr. Francisco Antonio de Araújo, o escravo José, pardo claro, de 22 annos de idade, estatura regular, cheio de corpo, com a falta de um dente na frente do lado supe- rior, cabellos avermelhados, orelha roxa, falla macia, e andar vagaroso. Intitula-se forro, e quando fugio a primeira vez esteve contratado como camarada em uma fazenda em Capivary.

Quem o aprehender e entregar ao seu se- nhor no Amparo, ou o recolher a cadêa em qualquer parte será bem gratificado, e protes- ta-se com todo o rigor da lei contra quem o

15 - 13

Escravo fugido. Jornal Correio Paulistano, 13 de abril de 1879. Disponfvel em: http://bndigital.bn.gov.br. Acesso em: 2 ago. 2019 (adaptado).

No anuncio publicado na segunda metade do seculo XIX, qual a estrategia de resistencia escrava apresentada?

  • Criagao de relagoes de
  • Fundagao de territ6rios
  • Suavizagao da aplicagao de
  • Regularizagao das fungoes
  • Constituigao de economia de

 

Questão 86

A filosofia e como uma arvore, cujas rafzes sao a metaffsica; o tronco, a ffsica, e os ramos que saem do tronco sao todas as outras ciencias, que se reduzem a tres principais: a medicina, a mecanica e a moral, entendendo por moral a mais elevada e a mais perfeita porque pressupoe um saber integral das outras ciencias, e e o ultimo grau da sabedoria.

DESCARTES, R. Principios da filosofia. Lisboa: Edigoes 70, 1997 (adaptado).

 

Essa construgao aleg6rica de Descartes, acerca da condigao epistemol6gica da filosofia, tem como objetivo

  • sustentar a unidade essencial do
  • refutar o elemento fundamental das
  • impulsionar o pensamento
  • recepcionar o metodo
  • incentivar a suspensao dos

Questão 87

Minha f6rmula para o que ha de grande no indivfduo é amor fati: nada desejar alem daquilo que e, nem diante de si, nem atras de si, nem nos seculos dos seculos. Nao se contentar em suportar o inelutavel, e ainda menos dissimula-lo, mas ama-lo.

NIET SCHE apud FERRY, L. Aprender a viver: filosofia para os novos tempos.

Rio de Janeiro: Objetiva, 2010 (adaptado).

 

Essa f6rmula indicada por Nietzsche consiste em uma crftica a tradigao crista que

  • combate as praticas sociais de cunho
  • impede o avango cientffico no contexto
  • associa os cultos pagaos a sacralizagao da natureza. D condena os modelos filos6ficos da Antiguidade E consagra a realizagao humana ao campo transcendental.

Questão 88

E preciso usar de violencia e rebater varonilmente os apetites dos sentidos sem atender ao que a carne quer ou nao quer, mas trabalhando por sujeita-la ao espfrito, ainda que se revolte. Cumpre castiga-la e curva-la a sujeigao, a tal ponto que esteja disposta para tudo, sabendo contentar-se com pouco e deleitar-se com a simplicidade, sem resmungar por qualquer incomodo.

KEMPIS, T. Imitação de Cristo. Petr6polis: Vozes, 2015.

Qual caracterfstica do ascetismo medieval e destacada no texto?

  • Exaltagao do ritualismo
  • Afirmagao do pensamento C Desqualificagao da atividade laboral. D Condenagao da alimentagao impura.

E Desvalorizagao da materialidade corp6rea.

 

 

 

Questão 89

EQUINÓCIO

21 de março

SOLSTÍCIO

21 de dezembro

SOL

SOLSTÍCIO

21 de junho

EQUINÓCIO

23 de setembro


Movimento de translação da Terra

Disponfvel em: www.cdcc.usp.br. Acesso em: 27 jul. 2010 (adaptado).

Considerando as informagoes apresentadas, o predio do Congresso Nacional, em Brasflia, no dia 21 de junho, as 12 horas, projetara sua sombra para a diregao

  • Questão 90 TEXTO I

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EIGENHEER, E. M. Lixo: a limpeza urbana atraves dos tempos. Porto Alegre: Grafica Palloti, 2009.

TEXTO II

A repugnante tarefa de carregar lixo e os dejetos da casa para as pragas e praias era geralmente destinada ao unico escravo da famflia ou ao de menor status ou valor. Todas as noites, depois das dez horas, os escravos conhecidos popularmente como "tigres" levavam tubos ou barris de excremento e lixo sobre a cabega pelas ruas do Rio.

KARASCH, M. C. A vida dos escravos no Rio de Janeiro, 1808-1850. Rio de Janeiro: Cia. das Letras, 2000.

A agao representada na imagem e descrita no texto evidencia uma pratica do cotidiano nas cidades no Brasil nos seculos XVIII e XIX caracterizada pela

  • valorizagao do trabalho
  • reiteragao das hierarquias
  • sacralizagao das atividades D superagao das exclusoes economicas. E ressignificagao das herangas religiosas.

 




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